domingo, agosto 08, 2010

Bom, já é meio tarde, mas resolvi, de improviso, registrar algo sobre um assunto que de forma alguma domino: futebol.

Tá certo que é o segundo post seguido sobre esta prática que movimenta cifras altíssimas e gira em torno de bastidores obscuros.

Há algum tempo atrás, na época do Rai, comecei a desenvolver uma simpatia pelo São Paulo, mas confesso que é coisa mais recente o hábito de acompanhar mais de perto a trajetória do clube (e dos demais, por tabela).

Não me incluo na categoria de obcecada ou faminta por esportes - na verdade, tenho aversão à fórmula 1, por exemplo, mas futebol, não sei por qual feitiço, acaba fazendo a gente se apegar, se interessar, e mesmo que de forma contida, se contentar ou entristecer depois de uma partida.

Durante a Copa do Mundo, ouvi de muitas bocas sobre a intenção dos americanos de tornar o futebol mais popular nos EUA, uma vez que tal modalidade esportiva não tem histórico de grande comoção naquele país, embora, segundo o que foi divulgado, em 2010 mais americanos despertaram o interesse - para eles, futebol é um esporte muito popular, brega, coisa de povão...e se não me engano, Marilena Chaui que afirma: "Religião é o ópio do povo" não deve estar longe de ter opinião parecida a respeito de futebol.

Todo esse prefácio para relatar que hoje, mais cedo, assisti ao São Paulo, aos cacos, jogar contra o Atlético PR :(

Estranho, mas me senti entristecida. Procurei Hernanes (que foi embora do clube) e só encontrei rostos desconhecidos, dentre eles, um Cleber Santana que não me anima, um Renato Silva que eu nem sabia que ainda era "vivo", um zagueiro saído não sei de onde - um tal de Samuel, um Marlos que, apesar de veloz, segura demais a bola e desperdiça boas oportunidades com isso, um Fernandão que não vem conseguindo chutar no gol, um time sem técnico...me senti no meio de estranhos...foi como se algo que eu prezasse muito estivesse sendo conduzido por individuos em quem não confio.
Foi uma mistura de dejavu com decepção: há um ano atrás, lembro-me como se fosse hoje, o São Paulo jogava contra o Corinthians, após ser eliminado pelo Cruzeiro, da Libertadores. Mas, o cenário era ainda pior, porque o único gol se originou no pé de Richarlyson e mesmo assim, perdemos...

Hoje, empatamos enquanto recolhíamos os cacos, procurando o rumo.
Andei lendo coisas net afora, alguns defendem que o SPFC gasta quantias exorbitantes com o futebol de base e profissional, mas pouco disso tem sido revertido em resultados concretos, ou seja, títulos; outros, comparam a campanha do SPFC com a de outros grandes times, como Palmeiras ou Corinthians e concluem que eles não se encontram em posição muito melhor, pelo contrário, pois na prática, apesar dos trancos e barrancos, acabamos por avançar mais, uma vez que o Palmeiras sequer participou da Libertadores, e o Corinthians, xiiii...

Mas, mesmo assim, a pressão por resultados é enorme, o técnico (eu até que simpatizava com ele) caiu, e o saldo que resta é uma torcida frustrada, meia dúzia de atletas antigos na iminência da partida, e aos remanescentes a responsabilidade de se recompor e "tocar a bola pra frente".

Pra quem lê o blog e não curte futebol, paciência...tenho que registrar esse momento.

Mandei uma mensagem de texto pro Vi dizendo que, na vida, como no jogo, às vezes, pode-se pagar um preço alto por se defender demais, por não arriscar, pela inércia, pelo medo de se expor (atitude do São Paulo no primeiro jogo contra o Inter, 1º passo para a eliminação).

É isso ai, na vida e no jogo, precisamos aprender diariamente, que deixar clara a nossa posição, expor o nosso jogo, o que sentimos e pensamos, não quer dizer que estamos rendidos, que somos fracos, sensiveis ou expostos, mas sim, que estamos em campo, na batalha, e buscando resultados.

Finalizo por aqui o meu "desabafo", com a cena mais marcante da semana: o desespero do Rogério Ceni, nos minutos finais da partida que nos excluiu da Libertadores.

Ouvi piadinhas no trabalho: "que palhaçada do Rogério Ceni", "que cara mais mala"...e afins...
Digam o que quiserem, mas é impossivel negar que, mesmo com a competição praticamente dada por perdida, ele lutou, se posicionou, mostrou a que veio, marcou presença.

É claro que o vídeo do Rogério chorando após o fim da partida seria mais apelativo, mas prefiro deixar aqui a imagem do cara que buscou o resultado, mesmo "aos 46 do segundo tempo" ou seja, para quem não viu o jogo, na última oportunidade de aumentar o placar a garantir vaga na fase seguinte - uma cobrança de escanteio, Rogério Ceni abandonou seu posto e, desesperado, buscou o gol que nos salvaria, mas não aconteceu :

5 comentários:

Mônica disse...

E aí, fia?! Sumiu mesmo do mapa vc, hein?

Qto ao seu paralelo vida/jogo/futebol, concordo. Sempre achamos que o melhor ataque é a defesa e seguimos recuando vida afora, perdendo oportunidades e deixando de alcançar os resultados.

E o casamento com "Vi", sai qdo? hahaha

Como vai Maizinha?

Bjs

Mônica disse...

Sumiu sim senhora. Nunca mais vi vc online. Até com Lou tá mais fácil de falar do que com vc...rs

Eu preciso mesmo organizar minhas prioridades e isso inclue voltar a ler. Nem terminei de ler Os Homens que Não Amavam As Mulheres ainda e estou com vários livros encostados em casa. Mas tudo vai se organizando aos poucos e eu vou vendo o que é mais urgente no tempo certo.

Coloque mesmo uma foto da pequena por aqui ou mande por e-mail, se preferir.

Té mais!

Lou disse...

Não gosto de futebol, então, nem vou comentar.
Quero mesmo é saber dos cremes: chegaram? Gostou?
Bjos

Lou disse...

Hahahaha, eu não sabia se ria ou se chorava do seu comentário, putz, nem sei qual churrasco foi o pior!
Eu queria conseguir ir pra night sozinha como vc faz. Será que um dia terei coragem?
Beijos

Lou disse...

Ah, eu acabei comprando o creme do Beauy Rush, um tal de Strawberry Fizz. Muuuuuuuitooooooo boooommmmmmmm!!!