domingo, dezembro 17, 2006

ricky martin - volveras (unplugged)

Minha definição de perfeição

Eu devia ter lá uns 7, 8 anos, um pouco mais, e o acesso à TV era restrito, certas coisas não me deixavam ver, mas o importante era que eu acompanhava cada aparição dos Menudos, e quando ficava só em casa, improvisava uns figurinos bregas e imitava toscamente a coreografia. Tinha camisa, broches, revistas com fotos, enfim. Eu era criança e boba, mas quando eles surgiam me contagiavam com sua presença de espírito e beleza, enfim, eu babava pelos Menudos. Lembro até de uma ocasião, logo que minha mãe me presenteou com uma camiseta vermelha dos Menudos; fiquei radiante, e não sei o que me agradava mais: admirá-la ou vesti-la. Mas certa tarde, com boa fã que era, vesti a peça e fui à missa com minha mãe. Como chegamos cedo, fiquei no pátio da igreja dando umas voltas, quando de repente uma pequena multidão de meninas se acercou de mim, feito abelhas no mel, sedentas por saber onde eu havia comprado a camiseta dos Menudos (senti uma satisfação imensa por ser uma das pioneiras, mas não fui capaz de omitir-lhes a fonte), e depois disso, pensei: se rodearam a mim por causa de uma simples camiseta, imagine como assediam a eles... Mas o tempo passou, o grupo se desintegrou. Em muitas ocasiões, saudosamente, lembrei deles, até que uns anos atrás eis que como uma fênix, resurge Enrique Martín Morales. Como explicar a sensação que tive ao assistir às suas apresentações? Algo hipnotizante, estranho, tamanha beleza era como um imã que não permitia fosse desviada a atenção, tanto charme, um sorriso lindo, convidativo, simpático e cativante...Aquele corpo que se movendo fala - sim, ele fala com o corpo, com os gestos, cada movimento gera um suspiro...Enfim, a princípio, achei Ricky Martin um homem extremamente belo – na verdade, o mais belo de todos, mas nunca fui fã de suas canções, sequer nutria interesse por conhecer melhor seu trabalho solo, até que sexta-feira passada assisti ao “Ricky Martin MTV Unplugged”. Novamente, me faltam palavras para descrever, posso limitar-me a dizer que ele surgiu com umas tatuagens novas nos braços e ainda mais lindo, atrativo e cativante do que nunca, e não é apenas isso, mostrou-se um ótimo intérprete, uma voz gostosa de se ouvir, meio sussurrante, mas no tom certo, na sintonia perfeita capaz de contagiar, de fazer sentir algo semelhante à sensação de se estar numa barca viking no auge do balanço, sei lá...Crítica de música, claro que não sou, como costumo dizer, sou uma experimentadora, sinto as sensações que as coisas me provocam e então, as classifico como agradáveis ou não. Assisti desde o making off do acústico, até o último segundo do show (num volume ensurdecedor) e totalmente absorvida pela energia que a presença daquele homem emana. A banda - um show à parte, espetacular a estrutura montada em torno do cantor. O show é aberto com uma música do Legião Urbana, se não me engano, “A via láctea” e segue-se com uma alternância entre baladas mais tranquilas e sons mais dançantes, ornados com uma profusão harmônica dos mais diversos intrumentos, tais como “La bomba”, “Maria”, enfim...É claro que já pirateei o contéudo, porém, pela segunda vez na vida (a primeira deu-se quando comprei o CD da novela “O Clone”, repleto de músicas árabes, as quais muito me agradam), estou certa de que vou adquirir o DVD do acústico, é um dinheiro bem empregado. E você caro leitor, se porventura tiver intenção de me presentear neste final de ano, aceito de muito bom grado um “vale Ricky Martin MTV Unplugged” – claro, um vale, pois acredito que o produto ainda não esteja disponível para venda. Enfim, além de ter se mostrado (como de costume, e literalmente) um showman, Ricky ainda fez questão de divulgar, logo de início (imagem protejada no chão durante a primeira música) a fundação que mantém, instituição esta que apóia crianças mundo afora no resgate de sua cidadania e dignidade. O que dizer desse cara? Novamente, me faltam palavras, ele é nada menos que perfeito! Claro, não o conheço pessoalmente pra dizer com prioridade, mas é esta a sensação que tenho dele, é isso que ele transmite, uma coisa tão boa e agradável...Eu sei, têm muitos criticos que rotulam sua interpretação de “suck”, o que é lastimável, pois é evidente a qualidade deste último trabalho - pelo menos, pois não conheço bem os anteriores – apesar de há muito ser sua fã, enfim, admito que sou tiete, sou fã mesmo de Ricky Martin, e dai? Acho que é a sensação de nem saber descrever o que você sente quando vê seu ídolo no palco que caracteriza um fã, um fã tem vocabulário modesto pra descrever seu ídolo: perfeito...
Anexo, o vídeo de uma das canções que mais me emociona, confesso que assistir a isso mexeu comigo, transborda sentimento, como coisa cantada como a alma. Como o próprio Ricky comentou durante o making off “é uma apresentação ao vivo, algo feito com a alma, haja vista os músicos atrás dos instrumentos”, e acrescento, aliados à sua presença sempre marcante, que contagia. Será que um dia ainda desembarco em Porto Rico?

1 comentários:

Mônica disse...

Fia do céu...pra esse homem aí eu daria casa, comida, roupa lavada, o sol, a lua, as estrelas e tudo mais que ele me pedisse...rs
Ele sempre foi meu Menudo preferido, mesmo quando era feinho na época. Qdo ele reapareceu lindo desse jeito e com essa voz maravilhosa, só virei mais fã. Concordo com vc qdo diz que ele é a definição do perfeito.
Adorei a música.
Kiss