segunda-feira, maio 17, 2010

Minha gente (que não existe), depois de novo longuíssimo e tenebroso “inverno”, volto a dirigir-me a vós.
Os motivos que me levam a tal não são lá os mais dignos, mas o que vale é a intenção que já preexistia.
Confesso-vos que estou sob feito de substâncias alcoólicas (em plena segunda-feira!!!).
Bom, dentre muitas das coisas que tem ocorrido nesta minha rotina nada tradicional ( às vezes), tive o “privilégio” de sofrer uma lesão enquanto corria alegremente na esteira da academia, à toda e plenos pulmões.
Depois de 99 anos, resolvi que era maratonista-raposa velha e não poupei esforços. O corpo foi suportando, até o inesquecível momento onde senti uma dor muito forte e desconhecida na panturrilha esquerda, ao comprido. Achei esquisito em demasia e interrompi instantaneamente a atividade, mas como o corpo estava quente, nada senti. Engatei num spinning irado até, para no dia seguinte, sequer conseguir pisar o pé por inteiro no chão.
Não levei lá muito a sério, até que notei que o desconforto na região do joelho, em especial, não fazia menção de atenuar-se, foi então que entrei em histeria e comecei a pensar 24h por dia no que seria de minha medíocre existência sem nunca mais poder correr, pular, levantar 100 kg no leg press..Putz...uma pré-depressão.
Foi então que resolvi procurar o Dr Roberto – argentino muito comentado entre meus colegas de trabalho, que com ele já trataram casos tidos como cirúrgicos.
Alguém ai conhece algum CINESIÓLOGO (CINESIOLOGISTA)? Caso positivo, que arregacem as mãos ao alto, porque até bem pouco tempo, eu sequer sabia da existência da referida especialidade.
Bom, iniciados os trabalhos, o senhor de 78 anos de idade casado com uma moça de 41 – mas com cara de seus 30, me recebeu muito bem. Seu tratamento consiste em massagens realizadas manualmente sob a interferência de um aparelho importado que alguém mais ignorante chamaria de uma espécie de “coisa que vibra”.
Bom, acabei de sair da 4ª sessão de tratamento e posso garantir que dia após dia sinto a gradativa melhora. Segundo o Dr, necessito apenas de mais uma sessão e na semana vindoura, poderei voltar às minhas atividades físicas. Detalhe: há 3 semanas estou sem apresentar as caras na academia e comendo besteira a rodo. Convenhamos, uma lesão era a última coisa no mundo da qual eu necessitava.
Agora, vamos nos aprofundar no diagnóstico: Segundo o Dr, fui vítima de um espasmo, seguido de algo como um estiramento nos ligamentos, que me afetou especialmente a região da articulação do joelho esquerdo.
Sinceramente! Se eu tivesse jogado na mega sena, o jogo não daria tão certo como me aconteceu essa tragédia pós tragédia. Joelho é uma região de impossível imobilização, afetada por qualquer esforço que se faça, ainda que apenas nos membros superiores.
Tive que abandonar tudo, tão grande era o medo, sem mencionar as dores...
Foi daí que procurei o argentino, que dentro de 2 semanas, vem me ajudando a recuperar a confiança, pois cheguei a ele profundamente apreensiva.
Entre uma sessão e outra de tratamento, seguiram-se os impagáveis capucinos, servidos com queijo light, geléia e licor de cassis (cortesia da casa), só que, desta última feita, o argentino me aprontou, fez-me sentar à mesa e “mandar bala” em meia dúzia de azeitonas verdes (que estranhamente nem era muito salgadas), enquanto preparava, debaixo da minhas vistas, o drink ao qual eu estava fadada a tomar antes de vir pra casa. Notei uma garrafa de vodka, outra de San Remy, algo meio azulado que tinha gosto de laranja, uma garrafa plástica com algo parecido com água com gás, e não me lembro se havia mais nada à mesa. Só sei que veio de lá um copo comprido, com sua devida fatia de gelo (também comprida e fina), ao qual o argentino tratou de encher até as bordas, alegando que eu precisava sair dali “quentinha” pois lá fora estava frio, e frio nada era indicado para a minha recuperação.
Tava gostoso, mas bem doce, creio que não agradaria aos paladares masculinos, mas não há como negar o sabor. Vim pra casa normalmente, mas chegando ao lar, haha, senti o álcool lutando para mostrar as garrinhas e resolvi dar andamento à atualização que liquidará metade das traças que por aqui tem feito morada.
Ufa!! Pausa para um respiro...Segue a minha indicação musical do dia :



(da qual me abstenho de tecer comentários melhor elaborados, por falta de condições momentâneas), e principalmente, a maior indicação que o blog já viu: Dr Roberto.
Caro passante, se você estiver padecendo de qualquer mal que aflija seu esqueleto cansado, e que seja passível de tratamento junto a ortopedistas ou fisioterapeutas que apenas te enfiem a faca, te submetam a procedimentos cirúrgicos fadados ao fiasco e só te atrasem a vida, pergunte-me como entrar em contato com Dr Roberto.
Detalhe: além de “quinesiólogo” – como o chamam na Argentina, ele é um eximinio radiestesista, fez 4 anos de Psicologia, entende um pouco de Astrologia, já foi proprietário de restaurante, dentre muitas outras coisas mais.
Aproveitando seus dons, passou-me o dito “dual road” pelo esqueleto e constatou que meu lado esquerdo tem energia negativa (justamente por isso, tudo acontece com ele).
Todo réles mortal, aliás, creio que qualquer célula que seja, tem seu pólo positivo e negativo, no meu caso, o lado esquerdo é o negativo, que apresenta menor sensibilidade, cura mais lenta, enfim...o argentino até me preveniu: “Tudo o que tiver de te ocorrer, será do lado esquerdo.”
E...fazendo uma retrospectiva: sinto dores há meses no pé esquerdo, lesionei a perna esquerda, tive um problema na lombar esquerda no ano passado, sem contar que mastigo do lado esquerdo, e acabei de me lembrar que meu olho esquerdo enxerga pior do que o direito.
Ê lasquêra não?
Bom, chega! Tá passando o efeito do coquetel molotov que me deram, preciso jantar.