sábado, novembro 27, 2010
Cabe aqui um parênteses para confessar que tenho problema de astigmatismo. Caso você me encontre por ai a uma distância superior a 1m, e eu não manifeste intenção de cumprimentá-lo, fique ciente de que o fato de não ter percebido sua presença é bem próximo de certo.
O cabeleireiro de quem sou cliente – argentino desaforado – esses dias me passou um pito: “ Quase me pisa, mas não falou comigo. Metida!”
Minha mãe : “Eta, você passou por mim feito um foguete na rua e nem me viu.”
Um colega de trabalho: “Raspou em mim pela manhã e nem olhou na minha cara.”
Outro colega de trabalho: “ Ei, vê se me cumprimenta quando tropeçar comigo na rua.”
Um nutricionista muito gente boa, cuja loja de alimentos congelados costumo freqüentar: “Nossa, naquele dia tive que gritar a plenos pulmões, porque nem buzinando a valer você olhou pro lado.”
Enfim...já farta de todas essas reclamações a respeito da minha suposta indelicadeza para com todas as gentes, decidi que ia procurar ficar mais atenta, dar mais crédito àquelas fisionomias que se deparassem comigo, mesmo que borradas pela distância – superior a 1m – e, simpaticíssima, cumprimentar a todos, ainda que na dúvida.
Pois bem! Conhecem aquela história do Monteiro Lobato – um dos meus ídolos da infância – sobre o velho, o menino, e o burro? Em suma, os 3 estão indo em alguma direção quando todas as gentes passam a dar palpite sobre quem deveria ir no lombo do animal (ou não). Pois é, a moral da história ensina: o sujeito que pretende agradar a todos, acaba se danando, e comigo não haveria de ser diferente, haja vista a tal Lei de Murphy.
Vejam só, dias atrás, avistei ao largo uma mulher que muito lembrava uma amiga de minha mãe, a certeza veio em mim como o estalar de um chicote, foi daí que abri um sorriso maroto e disparei um OI, seguido do tradicional aceninho de mão. Bingo!!! A dita cuja me olhou com cara de “ué?”, toda desconfiada, com aquela feição de gente sem graça, e quando cheguei mais perto, comprovei com alma de avestruz – daqueles que enfiam a cabeça no mais profundo abismo – que eu nunca havia visto mais gorda. Tudo bem, a vida segue...
Mas, voltando à vaca fria, retornemos ao inicio desta saga, onde eu estava mesmo? Hummm...estava no momento onde a figura “familiar” encostou o carro e virou-se em minha direção, aguardando que eu fosse ao seu encontro.
Pois bem, na maior boa vontade, dei meia volta, acreditando ser o Doutor - título merecidíssimo, a propósito - Joni, amigo de longa data - uma década, mas precisamente - recém chegado de seu pós doutorado na "convidativa" Alemanha, afinal, andava com um carro de modelo parecido (isso, antes de ter partido, a meia década, no encalço do título arduamente conquistado).
Quando emparelhei com a porta do veiculo e dei uma abaixadinha para me dirigir ao condutor, eis um ente pardo, cabelos acho que meio crespos (sei lá, nem reparei direito), magro, tipo esquisito, a roupa suja, com manchas escuras de cima a baixo, em semi-petição de miséria, sentadinho, que me tirou o chão com essa: “Posso te conhecer? Posso te conhecer?”
Putz! Numa fração de milisegundos, juro que me veio uma sensação depressiva(pausa para um suspiro).
Tive, confesso, repulsa daquela situação. Sabe, senti-me como uma daquelas mulheres de beira de estrada que se escora nas portas de qualquer um, com a bundinha empinada feito boca de canhão. Mesmo assim, juntei forças para me desculpar por ter voltado para ter com ele, alegando acreditar ser um amigo meu.
O cara não pareceu se importar muito com minhas explicações, e continuou repetindo se poderia me conhecer, o que só aumentava o meu mal estar.
Por fim, deixei-o falando sozinho, “pedalei” com tudo, inconformada...
De agora em diante, voltarei a me passar por antipática; na dúvida, sem cumprimentos!
Tô irritada!
domingo, novembro 21, 2010
Estou, de certa forma, um pouco esgotada depois de uma semana de sono instável + temperaturas em franca ascensão + alimento racionado + atividade física intensa + 2 dias no encalço da minha sobrinha. Haja disposição e preparo físico!
Cara Monica, vós que adorais fotos da pequena, segue uma das que produzi ontem, durante visita ao zoológico.
Levei minha sobrinha a um passeio fora de seu padrão habitual – que inclui o maçante percurso compreendido entre a casa dela e a minha, afinal, a pobrezinha daqui a pouco completa 2 anos, totalmente alheia ao mundo no qual cairá um dia (hehe).
Ela ficou muito atenta aos bichos – tudo era novidade – em especial o leão, que, inspirado, presenteou sua platéia (uma dezena de moleques) com urros que eu, macaca velha que sou, jamais havia presenciado. Uma ladainha de choros ecoou instantaneamente por todos os cantos onde havia piás de fralda, ao passo que não me contive e desandei a rir deles.
A que estava comigo, no colo, teve a intenção de fazer cara feia também, mas logo passou.
Desafortunadamente, não tinha à mão uma câmera filmadora para imortalizar o momento...
Esse final de semana não consegui ver nenhum filme, ainda, só a cuidar de criança e amadurecer feito banana no carbureto debaixo do sol dos trópicos.
O destaque da atualização de hoje fica por conta de:
1) Jogo do Ajax versus PSV – não acompanho nenhum dos 2 times, tampouco vi a partida; interessou-se apenas o modo curioso como um dos atletas, tal de Suarez, atacou o rival, munido da arcada dentária. Reparem, belo carimbo!
2) Meio milhão de reais – é o quanto vale o carro dos meus sonhos. Bem...não propriamente, achei com cara de carro de senhor de idade, mas dispõe de um diferencial que me seria demasiado útil: acelera e freia sozinho.
Audi A8, o carro que você só dirige depois de passar por um curso que o familiariza com todos os apetrechos internos. Tocar nos pedais? Não necessariamente...basta fazer alguns ajustes, como velocidade máxima desejada e distância a ser conservada em relação ao veículo à frente, informações suficientes para que o modelo desenvolva de forma autônoma o seu trajeto.
Quando eu praticava aulas de direção, o instrutor quebrava a cabeça para me fazer acelerar, o que em nada me atraia, mas ele insistia, dizendo: “Hoje vamos ter aula de avenida e você precisar seguir o trânsito, ser ligeira, senão, passam por cima da gente”.
Eu tinha medo de bater, de não ter reflexo suficiente, de algo inesperado acontecer, dos pedestres imprudentes, dos carros alheios e desgovernados, do bicho papão se jogar na minha frente, enfim...aulas e mais aulas e muito pouca evolução no quesito velocidade adequada.
3) Dados os últimos acontecimentos recentes,amplamente divulgados na imprensa, a respeito de abusos e agressões que vitimaram homossexuais, hoje, li uma entrevista onde Fernando Seffner - professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRGS, docente e orientador junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação na linha de pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero, com ênfase principal na investigação das pedagogias de construção das masculinidades – discorre sobre o tema. Abaixo os pontos mais interessantes:
“...temos no Brasil uma tradição de pouca tolerância no espaço público, as diferenças continuam coibidas, vivemos numa das sociedades mais desproporcionais do mundo, pouco se enfatiza o fato de nosso país estar entre os cinco mais desiguais. Isso provoca uma tensão na sociedade muito grande. “
“...o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e a Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) têm uma pesquisa, que coincide com outra feita pela Fundação Perseu Abramo, afirmando o seguinte: a homofobia diminui pouco com a escolaridade. Os indivíduos mais escolarizados têm tendência a responder às perguntas sobre aceitação da diferença sexual de forma politicamente mais correta, e só.”
“A Parada (Gay) é um evento entre o festivo e a visibilidade a qualquer preço. Ela tem um retorno econômico muito grande, um efeito cultural, mas é um pouco fogo de artifício. Basta ver o que aconteceu no Rio. A Parada terminou, e uns jovens ficaram se beijando no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador. Já eram 23h e a polícia foi lá e deu uns tiros. O que é mais ou menos o recado da sociedade: "Olha, gente, acabou a Parada. A hora de se beijar, de andar de biquíni era aquela, agora não dá mais. Voltou a vida como ela é. Aqui não pode". Depois da Parada, o mundo volta a ser como é todos os dias: homofóbico. “
“hoje em dia você não entra em uma escola pública aqui do Rio Grande do Sul sem que veja ao menos um menino mais afeminado ou uma menina com uma feminilidade diferente... acho que esse fenômeno é muito intenso numericamente. Existe uma faixa de adolescentes que se propõe a fazer algumas experimentações com a sexualidade, essa coisa que tem se chamado de "experiência queer". Mas nem sempre esses jovens têm estrutura para levar adiante a sua proposta.”
“vi dia desses um guri magrinho que nem um dedo mindinho, ao lado do namorado dele, idem magrinho, falando sobre como é a situação familiar. Supercombativo, disse ter comunicado a mãe e o pai que ia namorar em casa porque a irmã fazia o mesmo com o namorado. Aí a mãe reagiu: "Mas tu não vê que seu pai fica incomodado e vai embora?" E o guri: "Não interessa. O meu pai que se ajeite porque eu vou namorar na sala". A minha vontade de homem de 54 anos é dizer: "Filhinho, não dá para ir um pouco mais devagar? Nem conheço o teu pai, mas chego a ficar com pena dele". Será que tem que ser assim?”
Seria um pecado não transcrever, sob aspas, o discurso coerente e com o qual estou perfeitamente afinada. Concordo plenamente com todas as afirmações e impressões do cientista, e digo mais: "Chupa essa manga!"
Hasta la vista!
segunda-feira, novembro 15, 2010
"Once"
Ele, um barbado, ruivo e talentoso que canta na ruas de Dublin, acompanhado de seu violão desgastado, amealhando uns trocados. Auxilia seu pai numa biboca onde consertam aspiradores de pó e está separado da mulher infiel, inspiração de suas românticas composições.
Ela, uma jovem carismática, que ganha a vida vendendo flores e fazendo faxina. Tem uma filha pequena, vive com a mãe numa casa modesta, onde sala de estar, jantar e cozinha se confundem. Está separada do marido, que o filme dá pistas de ser insensível à mulher. Talentosa ao piano, ocasionalmente, toca num instrumento emprestado e também canta.
Ambos, pobres de marré, com seus figurinos simplórios, encontram-se nas ruas de Dublin, quando ela para, prestando atenção à interpretação emocionada dele, que sem platéia, desabrocha (no bom sentido) no sereno, ao cair da noite, dando voz às suas próprias composições.
É evidente a resistência dele em dá-la ouvidos, pois amarga a ausência de sua amada, por quem ainda suspira, porém, com o tempo, eles acabam estreitando laços, descobrindo afinidades, integrando-se um à vida do outro.
Ah tá, o desfecho dos fatos é previsível então, eles acabam “se pegando”, juntando os trapos e vivendo felizes para sempre. Errado!
A partir do encontro dessas duas pessoas cujas carências, talento e desencontros amorosos são comuns, você assiste uma frágil mulher extrair da lama um homem abatido e desacreditado.
Ela o estimula, toma as iniciativas que poderão projetá-lo além da sua vidinha sem perspectivas, assim como age aquele tipo de pessoa escasso, que generosamente, faz as vezes de escada para que outros atinjam algum tipo de evolução.
Ah, mas que brega! Isso é uma visão obsoleta e romântica demais, desprovida de senso prático, talvez um pouco humilhante, digna de um mártir, vamos deixar de dramas!
Será mesmo? Hoje, somos bombardeados por todos os lados com pressão por resultados rápidos e lucrativos.
Seja o melhor, o mais esperto, ganancioso, sagaz, sabido, letrado, viajado, endinheirado, frio, indiferente aos problemas alheios, enfim...
Será o capitalismo? Será Darwin e os tentáculos da sua Teoria da Evolução? Será a modernidade, ou talvez a introdução de um novo estilo de vida, de uma nova filosofia, o novo egocentrismo?!
Para onde olho vejo pessoas desesperadas correndo contra o tempo (que nunca lhes é suficiente), em busca de acumular toda a sorte de bens e resultados, sejam eles materiais ou abstratos, ao passo que adquirem, concomitantemente, mazelas do corpo e da “alma”.
Cada vez mais doenças físicas e psicológicas; os “mais fracos” sendo deixados pelo caminho em profusão, marginalizados, e um contingente vertiginoso de humanos prestes a se tornarem robôs, ávidos por recompensa, interesseiros, dispostos apenas àquilo que lhes proporcione algum beneficio, e que facilmente seja descartado quando não mais servir a seu propósito adequadamente.
Vejo tantas pessoas perdidas, vazias, ocas, mas com um sorriso na cara, fruto de prazeres efêmeros que não tardarão a deixar de surtir efeito.
Afinal, onde estão os verdadeiros valores que constroem um homem? Descapitalizados? Falidos?
Em “Once”, dirigido por John Carney, a mulher resgata o artista obscuro, sua auto-estima e seus sonhos, para em seguida, despretenciosamente, assistir ao seu vôo solitário, saudosa.
Eles tinham tudo para dar certo juntos, todos os ingredientes, mas, assim como na “vida real”, os humanos são complexos demais, tortuosos por natureza, desencontrados, e não raro, movidos por motivações arriscadas.
A música é linda, parte da trilha sonora, e ao que parece, eles se apresentaram com o mesmo figurino das gravações, embora, conforme comentários alheios, Letterman não tenha demonstrado sensibilidade para extrair dos atores sobre suas experiências em "Once" - procurei web afora detalhes sobre a entrevista, que desafortunadamente, parecem ser escassos. Uma pena...O filme é "despretensioso", mas superou minhas expectativas; confesso que fiquei emocionada - talvez por um "Q" de identificação com o desencontro dos protagonistas.
Anexado à minha lista de favoritos, sem mencionar a trilha sonora - capítulo à parte.
domingo, novembro 14, 2010
Bom, pra que me serve um feriadão se não ordeno meus mp3, termino de ler o livro empoeirado, trato um pouco da pele, vejo alguns filmes (e fico ligeiramente melancólica com eles), e entre outras coisas, claro, atualizo o espaço?
Pretendo ser concisa (Deus que me ajude nesta tarefa, pois adoro um floreio), e dividirei a postagem em tópicos:-
1) Denúncia : Minha mãe tem mania de engorda. Isso mesmo! Em tempos onde o povo se descabela às voltas com suas gordurinhas extras e num país campeão em consumo de toda a sorte de promessas de emagrecimento, minha mãe é do contra. Em suma, adora ir ao supermercado e me trazer de brinde itens como: lasanhas congeladas, salgadinhos Elma Chips (não sei como escreve e nem pretendo consultar), Miojo, biscoitos recheados, enfim...toda essa bagaceira que em dois tempos põe a perder toda uma semana de suor e ranger de dentes.
Dias atrás, ela me apareceu com uma lasanha da marca Seara; como eu estava semi-faminta (leia-se gulosa), botei pra rodar no microondas e fiquei à porta do eletrodoméstico, salivando por uma lasanha molenga, aguada, insossa, cujos 4 queijos prometidos na embalagem, não cheguei a sentir o gosto de nem 1. Pensei comigo: Se é para engordar com uma lasanha, que seja uma que preste. Dei uma garfada e deixei pra lá, ficou literalmente mofando dentro do forno, com destino ao lixo.
Adverti: Não traga nunca mais essa marca de lasanha, é horrível.
Para minha surpresa, dia 10 do corrente mês, a Seara era destaque no noticiário local : Funcionários da Seara passam mal e vão parar no hospital.
Explico: A sede da Seara localiza-se numa cidade aqui da região e terceiriza seu refeitório, que segundo os funcionários já era suspeito, havia sido denunciado à Vigilância Sanitária previamente, e parece ter vitimado dezenas (mais de 80) empregados de uma feita só.
Os operários começaram a passar mal aos bandos e foram internados, devido a um alimento oferecido (peixe) com “data retroativa” (foi o que ouvi alguns funcionários relataram à reportagem).
A Vigilância Sanitária ficou de apurar a intoxicação alimentar e a Seara persiste produzindo suas lasanhas de má qualidade.
Sinceramente, podem me processar (alguém vai ler isso?) e dar um off no meu blog, mas é bem contraditório uma empresa que vende alimentos ser tão descuidada com a nutrição de seus próprios colaboradores. Se eles querem reduzir os custos e não se importam em servir à sua mão de obra alimentos aprodecidos, imaginem o critério que tem com o produto que chega à mesa do consumidor...
PS: Não encontrei relatos desse ocorrido em pesquisa ao Google.
2) Indicação: Como eu já citei anteriormente, preço elevado ou marca renomada não determinam, necessariamente, a qualidade de um produto. Meu cabelo é o termômetro e não aceita qualquer coisa (seja cara ou barata). Li os comentários da Monica sobre uma compra de shampoo no Boticário, e relato que, no meu caso, não funcionam.
Vivo de aplicar máscaras semanais para evitar ressecamento e mau aspecto dos fios, de fazer testes e mais testes artesanais com produtos naturais ou afins (malditos abacate e azeite inúteis) ou industrializados e de preço nada simpático, e posso sugerir, sem receio, essa ótima máscara, cujo preço gira em torno de R$ 20,00 (ou menos) :
3) Veja um filme e se apaixone pelo protagonista: Até o presente instante, assisti, neste final de semana, “A origem”, um documentário sobre crianças com leucemia e “Les Chansons D'Amour”. Juro, chegaram a mim apenas uns burburinhos longinquos sobre “A origem”, mas a respeito dos demais filmes eu nada conhecia.
Chansons d´amour foi o 1º a que assisti, e permaneceu mexendo comigo mesmo após o transe, se é assim que posso rotular a sensação de ver “A origem”. Trata-se de um filme francês (gosto demais de música e filme francês, mas desgosto da Sra Sarkozi, uma vez que ela pretende cortar as asinhas de nós, baixadores de tudo).
Paris é o belo cenário (idealizo demais essa cidade, quiçá corresponda às minhas expectativas) projetado com frequencia, mas não gostei muito da trilha sonora; as músicas são interpretadas pelos próprios atores, mas ratifico que Garrel canta bem, é ultra mega power estiloso e lindo e me agradou muito em sua atuação. Ah, se meu dinheiro desse...mas já descobri que ele é nada menos que o homem da irmã de Carla Bruni (alguns bons anos mais velha que ele), e de quebra, é um dos atores mais badalados da nouvelle vague francesa, vem de uma família de atores e me cheira a homem muito interessante, fisica e intelectualmente, daqueles que dificilmente manteria qualquer relação com uma periguete juvenil, inexperiente, previsível, preenchida por tolas veleidades e vácuo. Só me resta suspirar...
Segue um trecho do filme onde é possível conferir Garrel cantando (é a voz mais grave), porém, quem se arriscar a conferir, considere como spoiller, pois revela o cume da pelicula. Confesso que resisti à idéia de publicar justamente esta cena, pois eu torci para que ela nunca se concretizasse, embora fosse iminente, por mais que eu relutasse em aceitar. É estranho experimentar essa visão, parece anti-natural, é desconfortável, anti-estético, mas ao mesmo tempo, no contexto do filme, não há como negar a sua delicadeza. Logo, vê-se, que embora eu me esforce para enxergar os ímpares através de lentes isonomicas e de aceitação, me encontro bastante presa às convenções.
4) Ouça uma música comercial (ah, os malditos rótulos, as perversas convenções) que não faz sucesso no Brasil, e cujo intérprete conquistou a minha simpatia pelo seu trabalho como músico. (não tem clipe, só a música) :-
5) Especialmente para a Monica: A minha sobrinha vai bem, obrigada! Falando num dialeto próprio, correndo e pulando, muito meiga, depois de demitir sumariamente o berço (aquele cercado onde a encarceravam cruelmente) e arrumar a trouxa para ir viver sozinha em Londres, como bem ilustra a imagem quase mediocre(minha câmera já foi boa) que segue. Ah! Repare bem no deltóide definido da bichinha - vai gostar de malhar, tá na cara, assim como a tia.
Hasta la vista!
domingo, agosto 15, 2010
Ansiedade à parte...
Oi, aqui é a fulana de tal, falando de Tagamandápio. Estou no site de vocês e pretendo adquirir alguns produtos, mas estou meio indecisa, porque não os conheço...
_Sim (muito simpática), do que você gostaria?
Olha, quero os hidratantes Beauty Rush...
_Hum...(mais simpatica do que nunca), eu costumo usar o Plumdrop e posso te indicar também o Aplletini(maçã verde) que é uma delícia!!!
Certo, posso aceitar a sua sugestão (com uma pontinha de negação), mas o caso é que eu to com muita pressa; fico com medo de depositar direto na sua conta, porque nunca comprei nada seu, mas o que você poderia indicar como meio de pagamento mais ágil?
_Bom, eu trabalho com pag seguro, você pode acessar a página e utilizar o débito automático; posto nos correios ainda hoje!
Certo!!! Vou providenciar!
Nisso, faltavam 15 minutos para as 13h (horário do meu almoço) e meu estômago já roncava de fome.
Corri à página do pag seguro e, destrambelhadamente, fui clicando em todos os botões possíveis, sem saber muito em que direção ia...
Cliquei no débito automático, e só depois me lembrei que dias atrás, acreditei ter perdido meu cartão de débito e mandei cancelar, só que, umas 2h depois, alguém veio gritando atrás de mim na rua, e era o segurança do restaurante vegetariano onde eu estivera uns 3 dias antes, que vinha me devolver o maldito pedaço de plástico com tarja magnética e chip, agora inúteis.
Pronto, a operação com débito não poderia ser concluída, descartei todas as outras, pois acreditei que o crédito ia custar a cair e eu queria receber a mercadoria para ontem.
No meu lapso de lucidez, decidi meter o pé e fazer um depósito na conta de uma pessoa estranha, que apartir daquele momento, me teria nas mãos, poderia me passar a perna, embolsar a minha grana e me enviar um pacote com um tijolo dentro (essas coisas que a gente assiste no Fantástico).
Confesso que desconfiei da moça a maior parte do tempo, mas mesmo o depósito só sendo identificado no próximo dia útil, foi-me enviado um email avisando sobre a postagem da mercadoria, que só vim a receber 2 dias depois do previsto, uma vez que minha mãe adora "correr" a rua e sempre deixa os carteiros na soleira da porta, frustrados.
Cheguei em casa, meti a faca na fita que protegia a caixa e eis que me deparo com 2 embalagens: uma com marca de preço que foi retirada há 5 anos atrás e outra com um cheiro que a minha intuição, previamente, advertira-me de que eu não apreciaria.
Resultado: acho que aquela vendedora, muito simpática e esperta, pensou com seus botões: "Bom, eis uma besta ansiosa ao telefone; já que ela é totalmente inocente, vou empurrar esse creme que está encalhado desde a época da Arca de Noé, que não tem saída e ninguém gosta, e mais esse outro que servia de provador. Hummm...talvez eu nem devesse mandar nada...não..seria covardia demais, vou praticar essa boa ação por hoje."
Lu, resumindo, reclamações à parte, o PLUMDROP deve ser o hidratante com cheiro de iougurte a que você se referiu. Realmente é suuuuper gostoso e dura bem, mas acho que a moça já devia ter usado um pouco...impressão minha.
Já o de maçã verde, um desgosto! 15 minutos depois de aplicado, parece que você não passou nada, ou seja, PRA MIM, foi uma negação.
Estou esperando chegar outro, que pedi noutra fornecedora; de frutas vermelhas, cujo nome em inglês não recordo, mas acho que vou gostar.
E aqui vai um serviço de utilidade pública:
Senhoras consumidoras, eis o pior hidratante do mundo ->
Sério, não se enganem ao imaginar que um produto importado, de nome, feito Victoria Secrets sempre supera as expectativas, eis acima um desastre em matéria de qualidade: aguado, inodoro e CARO!
Mas, como não poderia deixar de ser, da mesma marca, um dos melhores cheiros que já senti:
Esse, podem comprar sem medo porque vale cada caro centavo do investimento.
Mas, não sem antes emitir o meu parecer sobre 2 produtos nacionais de ótima qualidade, perfume maravilhoso e ótima fixação:
Hidratante Lilly Essence - O Boticário, um cheiro chique, fino...(não sei se o preço continua esse)
Hidratante Egeo - O Boticário, ótima fixação, excelente para quem gosta de cheiros docinhos, informais.
Bom, agora, um ótimo produto nacional, fabricado pela minha família:
Mônica, eis a minha sobrinha-style.
Mudando de pato p/ganso, estou feito criança que ganhou brinquedo novo; comprei uma coisa que até bem pouco tempo eu achava que sequer existia: uma TV com entrada USB que reproduz filmes baixados!!!
Penei para tê-la, porque devido à minha ansiedade de ter as coisas com as quais cismo à tempo e à hora, levei pra casa uma peça cuja entrada USB não reproduzia filmes, e só agora, 15 dias depois, consegui concretizar a troca do aparelho. Tudo isso é um teste de paciência, uma vez que abomino coisas de ordem prática que se arrastam sem solução.
Estreei hoje a função USB assistindo o filme "Taxi Driver". Li ótimas criticas sobre essa produção, mas sinceramente...não é lá essa Brastemp toda; O Robert De Niro até que era bonitinho, é evidente um preconceito racial e tem uma cena com tiros à queima roupa que eu não faço a menor questão de rever, enfim...
Abraço!
domingo, agosto 08, 2010
Tá certo que é o segundo post seguido sobre esta prática que movimenta cifras altíssimas e gira em torno de bastidores obscuros.
Há algum tempo atrás, na época do Rai, comecei a desenvolver uma simpatia pelo São Paulo, mas confesso que é coisa mais recente o hábito de acompanhar mais de perto a trajetória do clube (e dos demais, por tabela).
Não me incluo na categoria de obcecada ou faminta por esportes - na verdade, tenho aversão à fórmula 1, por exemplo, mas futebol, não sei por qual feitiço, acaba fazendo a gente se apegar, se interessar, e mesmo que de forma contida, se contentar ou entristecer depois de uma partida.
Durante a Copa do Mundo, ouvi de muitas bocas sobre a intenção dos americanos de tornar o futebol mais popular nos EUA, uma vez que tal modalidade esportiva não tem histórico de grande comoção naquele país, embora, segundo o que foi divulgado, em 2010 mais americanos despertaram o interesse - para eles, futebol é um esporte muito popular, brega, coisa de povão...e se não me engano, Marilena Chaui que afirma: "Religião é o ópio do povo" não deve estar longe de ter opinião parecida a respeito de futebol.
Todo esse prefácio para relatar que hoje, mais cedo, assisti ao São Paulo, aos cacos, jogar contra o Atlético PR :(
Estranho, mas me senti entristecida. Procurei Hernanes (que foi embora do clube) e só encontrei rostos desconhecidos, dentre eles, um Cleber Santana que não me anima, um Renato Silva que eu nem sabia que ainda era "vivo", um zagueiro saído não sei de onde - um tal de Samuel, um Marlos que, apesar de veloz, segura demais a bola e desperdiça boas oportunidades com isso, um Fernandão que não vem conseguindo chutar no gol, um time sem técnico...me senti no meio de estranhos...foi como se algo que eu prezasse muito estivesse sendo conduzido por individuos em quem não confio.
Foi uma mistura de dejavu com decepção: há um ano atrás, lembro-me como se fosse hoje, o São Paulo jogava contra o Corinthians, após ser eliminado pelo Cruzeiro, da Libertadores. Mas, o cenário era ainda pior, porque o único gol se originou no pé de Richarlyson e mesmo assim, perdemos...
Hoje, empatamos enquanto recolhíamos os cacos, procurando o rumo.
Andei lendo coisas net afora, alguns defendem que o SPFC gasta quantias exorbitantes com o futebol de base e profissional, mas pouco disso tem sido revertido em resultados concretos, ou seja, títulos; outros, comparam a campanha do SPFC com a de outros grandes times, como Palmeiras ou Corinthians e concluem que eles não se encontram em posição muito melhor, pelo contrário, pois na prática, apesar dos trancos e barrancos, acabamos por avançar mais, uma vez que o Palmeiras sequer participou da Libertadores, e o Corinthians, xiiii...
Mas, mesmo assim, a pressão por resultados é enorme, o técnico (eu até que simpatizava com ele) caiu, e o saldo que resta é uma torcida frustrada, meia dúzia de atletas antigos na iminência da partida, e aos remanescentes a responsabilidade de se recompor e "tocar a bola pra frente".
Pra quem lê o blog e não curte futebol, paciência...tenho que registrar esse momento.
Mandei uma mensagem de texto pro Vi dizendo que, na vida, como no jogo, às vezes, pode-se pagar um preço alto por se defender demais, por não arriscar, pela inércia, pelo medo de se expor (atitude do São Paulo no primeiro jogo contra o Inter, 1º passo para a eliminação).
É isso ai, na vida e no jogo, precisamos aprender diariamente, que deixar clara a nossa posição, expor o nosso jogo, o que sentimos e pensamos, não quer dizer que estamos rendidos, que somos fracos, sensiveis ou expostos, mas sim, que estamos em campo, na batalha, e buscando resultados.
Finalizo por aqui o meu "desabafo", com a cena mais marcante da semana: o desespero do Rogério Ceni, nos minutos finais da partida que nos excluiu da Libertadores.
Ouvi piadinhas no trabalho: "que palhaçada do Rogério Ceni", "que cara mais mala"...e afins...
Digam o que quiserem, mas é impossivel negar que, mesmo com a competição praticamente dada por perdida, ele lutou, se posicionou, mostrou a que veio, marcou presença.
É claro que o vídeo do Rogério chorando após o fim da partida seria mais apelativo, mas prefiro deixar aqui a imagem do cara que buscou o resultado, mesmo "aos 46 do segundo tempo" ou seja, para quem não viu o jogo, na última oportunidade de aumentar o placar a garantir vaga na fase seguinte - uma cobrança de escanteio, Rogério Ceni abandonou seu posto e, desesperado, buscou o gol que nos salvaria, mas não aconteceu :
domingo, julho 18, 2010
Vale frisar que,recuperada da lesão anteriormente mencionada,voltei às minhas atividades "atléticas". É sempre muito penoso quando se interrompe uma rotina antes praticada com afinco e disciplina; quando é retomada, os tropeços não são raros e às vezes, o desânimo ameaça a se apoderar e minar as forças, mas, nada como a passagem do tempo e a rotina para que as coisas readquiram o status quo ante. Como dizem por ai, esporte é hábito, repetição, persistência. (Aqui eu divaguei, fico um pouco entristecida ao relembrar os dias que passei de molho - é uma experiência que realmente não quero repetir).
Fim de copa, agora tudo engrena de verdade, pois, por mais que fosse bacana abandonar o expediente em pleno andamento, assistir àqueles jogos induzia-me à gula, sim, porque nenhum daqueles sacos de pipoca de microondas, salgadinhos de pacote a valer, gramas e mais gramas de queijo assado, amendoim e etc foram destinados a matar a minha fome.
Admito que, como a grande maioria dos torcedores, não cria muito no time de Dunga, mas fiquei triste com aquela derrota estúpida, e pra falar a verdade, apenas a constatei nas reprises, pois naquele dia fatídico, fui dormir bem na hora do intervalo (em vão), pois permaneci desperta; ao fundo os berros de descrença e revolta, os fogos e o som das vuvuzelas não me deixaram pegar no sono.
Tudo consumado, fiquei contente com o resultado final, dois coelhos foram eliminados com apenas uma tacada: a maldita Holanda amargou uma derrota, imposta por uma das seleções cujos atletas são os mais belos de todos (inclua-se Itália como a outra).
Desde o fim da copa anterior, elegi Alberto Gilardino como o jogador mais gato, mas infelizmente (ou felizmente), as coisas mudam e se movimentam, e gostaria de compartilhar com o leitor desavisado, minha nova predileção.
A exemplo da cara colega Lu, venho tornar pública a minha "simpatia" por um dos atletas mais felizes da competição. Ah esse cara lá em casa...achados como esse me despertam a vontade ir à Espanha dar umas voltas...
Na época em que eu era viciada em Second Life, fiz amizade com um cara de Madrid,engenheiro de peças, muito simpático e gente fina, mas, infelizmente, de momento, não recordo seu nome (que gafe), mas tenho certeza que seria um ótimo anfitrião nessa empreitada que me ocorreu em meus devaneios.
Bom, deixando os floreios de lado, o cara cuja foto segue não chega a ser o mais bonito de todos, mas teve destaque na seleção espanhola e acabou chamando a minha atenção com essa carinha de latino que só os latinos tem...hehe.
David Villa, elejo você o meu atleta ídolo, até segunda ordem:
Outra polêmica da copa foi a repórter Sara, namorada de Casillas sempre atrás do gol, sendo apontada como causa de distração do atleta. A Lu elegeu Casillas como seu ídolo, como não gosto muito de loiros (já basta eu), não me importo com isso, mas é impossível negar minha simpatia por este cara. Confesso que tive momentos de inveja da Sara, queria eu namorar um cara bonito e bem sucedido e estar na África do Sul, em plena Copa do Mundo, acompanhando meu "parceiro" bem de perto, literalmente.
Depois da cena abaixo, a inveja deu lugar ao desejo de um dia, quiçá, ter a mesma sorte dela, e receber uma demonstração de carinho semelhante, num momento tão especial, único e eufórico:
Momento língua preta: Apesar de ser um dos homens mais belos da competição, o zagueiro espanhol, Piquet, não foi citado em nenhuma das listas que notei rolando por ai. Será por causa daquela foto demonstrando a sua "amizade" com Ibrahimovic???
Segue para avaliação:
Como o direito à réplica é sagrado, segue o vídeo onde Ibra usa do seu direito de defesa. O assunto já é manchete velha, mas acho essa foto no mínimo, interessante, e a fala de Ibra, hilária:
Como futebol é um assunto rentoso em amplos os sentidos, garimpei internet afora este vídeo de uma "conversa" via telefone entre um jornalista e Felipe Melo. O Felipe falou no Fantástico com cara de cachorro que caiu da mudança e expôs o ponto de vista sobre seu comportamento na copa, mas cá pra nós, foi bem infeliz. Concordo com o "Vitor Belfort" que é a mente por trás da seguinte máxima:"Felipe Melo, como jogador é um bom lutador".
Não acompanho campeonatos internacionais, mas quem o faz, diz que Felipe Melo não ia bem, reparem no diálogo que segue. De minha parte, só tenho a dizer: Dunga, em matéria de jogador, fomos a pé.
Altamente ilustrativo esse post de hoje hein? Esse fato se deve à falta de criatividade para escrever algo mais proveitoso, mas ora bolas!, que será de mim se eu não puder me entregar à descontração de vez em quando? Além do mais, estou empenhada em dar continuidade à leitura da trilogia de Stieg Larsson (RECOMENDADÍSSIMO) e tenho dedicado à esta leitura meu tempo ocioso,sem muita preocupação em bolar posts de utilidade pública, mas, quem sabe daqui a alguns dias, quando bem me aprouver, mencione aqui um assunto de ordem dermatológica, que carece de mais esclarecimentos que orientem os acometidos por determinado mal da pele.
Bom, meus cumprimentos finais serão embasados pela indicação musical do dia, totalmente dedicada ao atacante David Villa (ô lá em casa). Trata-se de um pessoal da Espanha, que atende pelo nome de Chambao; quem tiver curiosidade de pegar a tradução da música pode imprimir, decorar e recitar todo dia para si mesmo.
Um abraço e até qualquer hora! :)
PS: Momento "máximas" - Embaralhei-me e ia me esquecendo de fazer constar algo que li e achei genial. Luciana Saddi, colunista da Folha, escreveu recentemente: "Cada um de nós é como um queijo, que submetido ao processo analítico pode ficar no seu melhor ponto, um queijo maduro, mas não é possível transformar um queijo branco em queijo brie ou parmesão. "
Entendam como quiserem, minha conclusão é: se você não for um mediocre, e buscar um mínimo de crescimento, identifique suas falhas e procure se aprimorar, sem atropelamentos, gradualmente, mas nunca espere ser o que você não é, ou agir como outrem agiria. O que seria do amarelo se todos preferissem o verde?
segunda-feira, maio 17, 2010
Os motivos que me levam a tal não são lá os mais dignos, mas o que vale é a intenção que já preexistia.
Confesso-vos que estou sob feito de substâncias alcoólicas (em plena segunda-feira!!!).
Bom, dentre muitas das coisas que tem ocorrido nesta minha rotina nada tradicional ( às vezes), tive o “privilégio” de sofrer uma lesão enquanto corria alegremente na esteira da academia, à toda e plenos pulmões.
Depois de 99 anos, resolvi que era maratonista-raposa velha e não poupei esforços. O corpo foi suportando, até o inesquecível momento onde senti uma dor muito forte e desconhecida na panturrilha esquerda, ao comprido. Achei esquisito em demasia e interrompi instantaneamente a atividade, mas como o corpo estava quente, nada senti. Engatei num spinning irado até, para no dia seguinte, sequer conseguir pisar o pé por inteiro no chão.
Não levei lá muito a sério, até que notei que o desconforto na região do joelho, em especial, não fazia menção de atenuar-se, foi então que entrei em histeria e comecei a pensar 24h por dia no que seria de minha medíocre existência sem nunca mais poder correr, pular, levantar 100 kg no leg press..Putz...uma pré-depressão.
Foi então que resolvi procurar o Dr Roberto – argentino muito comentado entre meus colegas de trabalho, que com ele já trataram casos tidos como cirúrgicos.
Alguém ai conhece algum CINESIÓLOGO (CINESIOLOGISTA)? Caso positivo, que arregacem as mãos ao alto, porque até bem pouco tempo, eu sequer sabia da existência da referida especialidade.
Bom, iniciados os trabalhos, o senhor de 78 anos de idade casado com uma moça de 41 – mas com cara de seus 30, me recebeu muito bem. Seu tratamento consiste em massagens realizadas manualmente sob a interferência de um aparelho importado que alguém mais ignorante chamaria de uma espécie de “coisa que vibra”.
Bom, acabei de sair da 4ª sessão de tratamento e posso garantir que dia após dia sinto a gradativa melhora. Segundo o Dr, necessito apenas de mais uma sessão e na semana vindoura, poderei voltar às minhas atividades físicas. Detalhe: há 3 semanas estou sem apresentar as caras na academia e comendo besteira a rodo. Convenhamos, uma lesão era a última coisa no mundo da qual eu necessitava.
Agora, vamos nos aprofundar no diagnóstico: Segundo o Dr, fui vítima de um espasmo, seguido de algo como um estiramento nos ligamentos, que me afetou especialmente a região da articulação do joelho esquerdo.
Sinceramente! Se eu tivesse jogado na mega sena, o jogo não daria tão certo como me aconteceu essa tragédia pós tragédia. Joelho é uma região de impossível imobilização, afetada por qualquer esforço que se faça, ainda que apenas nos membros superiores.
Tive que abandonar tudo, tão grande era o medo, sem mencionar as dores...
Foi daí que procurei o argentino, que dentro de 2 semanas, vem me ajudando a recuperar a confiança, pois cheguei a ele profundamente apreensiva.
Entre uma sessão e outra de tratamento, seguiram-se os impagáveis capucinos, servidos com queijo light, geléia e licor de cassis (cortesia da casa), só que, desta última feita, o argentino me aprontou, fez-me sentar à mesa e “mandar bala” em meia dúzia de azeitonas verdes (que estranhamente nem era muito salgadas), enquanto preparava, debaixo da minhas vistas, o drink ao qual eu estava fadada a tomar antes de vir pra casa. Notei uma garrafa de vodka, outra de San Remy, algo meio azulado que tinha gosto de laranja, uma garrafa plástica com algo parecido com água com gás, e não me lembro se havia mais nada à mesa. Só sei que veio de lá um copo comprido, com sua devida fatia de gelo (também comprida e fina), ao qual o argentino tratou de encher até as bordas, alegando que eu precisava sair dali “quentinha” pois lá fora estava frio, e frio nada era indicado para a minha recuperação.
Tava gostoso, mas bem doce, creio que não agradaria aos paladares masculinos, mas não há como negar o sabor. Vim pra casa normalmente, mas chegando ao lar, haha, senti o álcool lutando para mostrar as garrinhas e resolvi dar andamento à atualização que liquidará metade das traças que por aqui tem feito morada.
Ufa!! Pausa para um respiro...Segue a minha indicação musical do dia :
(da qual me abstenho de tecer comentários melhor elaborados, por falta de condições momentâneas), e principalmente, a maior indicação que o blog já viu: Dr Roberto.
Caro passante, se você estiver padecendo de qualquer mal que aflija seu esqueleto cansado, e que seja passível de tratamento junto a ortopedistas ou fisioterapeutas que apenas te enfiem a faca, te submetam a procedimentos cirúrgicos fadados ao fiasco e só te atrasem a vida, pergunte-me como entrar em contato com Dr Roberto.
Detalhe: além de “quinesiólogo” – como o chamam na Argentina, ele é um eximinio radiestesista, fez 4 anos de Psicologia, entende um pouco de Astrologia, já foi proprietário de restaurante, dentre muitas outras coisas mais.
Aproveitando seus dons, passou-me o dito “dual road” pelo esqueleto e constatou que meu lado esquerdo tem energia negativa (justamente por isso, tudo acontece com ele).
Todo réles mortal, aliás, creio que qualquer célula que seja, tem seu pólo positivo e negativo, no meu caso, o lado esquerdo é o negativo, que apresenta menor sensibilidade, cura mais lenta, enfim...o argentino até me preveniu: “Tudo o que tiver de te ocorrer, será do lado esquerdo.”
E...fazendo uma retrospectiva: sinto dores há meses no pé esquerdo, lesionei a perna esquerda, tive um problema na lombar esquerda no ano passado, sem contar que mastigo do lado esquerdo, e acabei de me lembrar que meu olho esquerdo enxerga pior do que o direito.
Ê lasquêra não?
Bom, chega! Tá passando o efeito do coquetel molotov que me deram, preciso jantar.
domingo, fevereiro 28, 2010
Daqui há pco faz 1 ano que o blog está largado à própria sorte, mas antes disso, resolvi arregaçar as mangas e tomar providências contrárias a este lamentável fato. A ilustríssima súdita da rainha, Srta Lou andou por ai reclamando, e antes mesmo disso, já pretendia tirar um pouco da poeira que aqui tem se juntado.
É o seguinte: de dezembro/2009 até agora tenho trabalhado igual camelo perdido no meio do Saara, e só por agora, parece q vem soprando um vento promessa de tempos mais amenos, espero não estar enganada. Cansaço mental, stress, aborrecimento, às vezes fico a ponto de sair do sério e dizer poucas e boas às pessoas que me fazem companhia profissionalmente (sinceramente, cada gente medíocre), mas, engulo o sapo, faço minha parte e vou embora pra casa agradecendo por eu não ser uma pessoa tão incompetente como tantas com as quais convivo...
Continuando a retrospectiva, continuo firme na malhação, mas larguei mão do acompanhamento do personal, uma vez que a academia mudou de instalações, ficou bem maior e repleta de opções; tornou-se dispendioso e desnecessário manter um cara pra me ajudar na execução de um programa que eu consigo desenvolver perfeitamente sozinha. Nos primeiros dias, fiquei perdida com quanta diversidade de aulas, quis me meter em tudo, em muitos dias, cheguei na academia às 18,30 ou 19h da noite e sai depois das 22h; agüentei o pancadão até começar a sentir os primeiros efeitos de uma fadiga medonha, então, resolvi dar um up na alimentação (experimentei de um tudo, até a indigesta ração humana) e focar nas aulas que me davam mais prazer. Com isso, permaneci com o spinning e musculação diários. Que ironia, justo eu q pensava em abandonar de vez a musculação depois que tivesse outras opções, abri mão destas, pra continuar puxando ferro. Não simpatizo com balança, nem chego perto delas, mas acredito estar com um percentual de gordura em ordem; pelo menos, tenho certeza que o condicionamento físico e a força estão de vento em popa. Estou bem comigo mesma, embora mulheres nunca estejam satisfeitas por completo com sua aparência física. Não posso reclamar, porque como o que tenho vontade, e sei que com freqüência sou movida pela gula, paciência...
Bom, no segundo semestre me envolvi em alguns projetos paralelos, tipo fazer uma monografia de uma área da qual eu não sabia nda (haha, a Mônica acompanhou um pouco disso), confesso que fiquei com medo da responsabilidade quando tomei conta do que estava em jogo, mas me empenhei o quanto pude, o que custou o sacrifício de alguns finais de semana e feriados e uma crise de labirintite – explico, num dos feriados, dediquei tempo integral à leitura de material e construção do trabalho, o cansaço foi tanto que na segunda feira seguinte dores de cabeça eram o prenúncio daquelas tonturas nauseantes – mas, no fim, tudo deu certo! Viva! Consegui fazer um trabalho digno de média e fiquei feliz com isso, pois de uma tacada só, ajudei uma pessoa de quem gosto muito e me senti orgulhosa de mim mesma, pela minha capacidade de desbravar um território desconhecido, de construir algo cujas bases eram estranhas para mim, isso vem a provar mais uma vez a capacidade ilimitada do homem, que se encontra enclausurado apenas por si mesmo.
No mais, minha sobrinha cada dia espicha e fica um pco mais levada. Deuses me acudam, pq ela está inquieta, curiosa, esperta e cansativa. Quando ela era mais bebê, era mais fácil de enganar e controlar, mas hj...haja coluna boa, perna boa, disposição e jogo de cintura. Prestes a completar 1 ano daqui a pouco, segue a carinha da figura:
Tenho ouvido bastante música, mas estou em falta com os filmes, e livros então, nem se fala...Até me sentindo culpada por não ter algo pra ler em mãos (não curto livros digitais), e terminando de construir o post, pretendo dar um jeito nisso. No quesito filmes, consegui ver no carnaval, um chamado “Do outro lado”, premiado internacionalmente, achei muito bom e indico.
To aqui ouvindo Rihanna e em cólicas para anexar qq música do álbum novo dela por aqui, mas não o farei pq já tenho outros planos e vou dar esse destaque pro Mika->
Mas fica aqui a dica: o álbum recente dela é ótimo, vale a pena conferir:
Por hora, basta! Voltarei em breve(espero), pois preciso aviar meus afazeres mais urgentes.