domingo, julho 10, 2011

Bom, voltei a cultivar o vício da corrida desde 1º de janeiro do prezado e já bem castigado 2011. De início, temi que fosse apenas mais um daqueles fogos de palha tão ligeiros e comuns feito queda de meteorito, mas graças ao bom Deus e à minha persistência (às vezes nem tão persistente), perduro no esporte.

Com desgosto, constatei que não se tratava apenas de maledicência alheia a história de que praticar esportes sai caro.

Se o camarada leitor é como eu - mais um a engrossar o hall das estatísticas a rezar que o número de corredores de rua vem aumentando no país – sabe que tênis de alta performance são produtos caros e rapidamente perecíveis.

As opiniões divergem, mas, um sujeito mediano se vê obrigado a substituir seus calçados de 3 a 4 vezes ao ano, “prejuízo” com o qual irá arcar, claro, se não desejar colecionar uma série de possíveis lesões que irão levá-lo a tratamentos médicos de valores bem mais vultuosos - mas isso já são outros 500, ainda mais se você tiver conhecimento de uma certa pesquisa realizada nos EUA, que acabou apurando que calçados próprios para corrida não evitam lesões. Essa conclusão é motivo de polêmica, portanto, e por via das dúvidas, é melhor prevenir do que remediar.

Mas, vamos aos fatos: o último grito em matéria de tênis de alta performance atende pelo nome de Mizuno Wave Prophecy.

Hummm, que belo nome, mas o que significa exatamente?

O calçado promete livrar de lesões e oferecer o que há de tecnologia a fim de afinar o rendimento do atleta, só falta falar!

Agora, “praticamente” falando, avaliem o absurdo do preço:

Por favor, atentem para o detalhe: “por apenas 899,99”, deixando claro que esses números assinalados com um X vermelho indicam que o produto está esgotado, ou seja, mesmo com o preço pela “hora da morte”, o povo tá bancando ter no pé a última moda.


Tenho pra mim que o interior desse calçado é banhado a ouro, certeza!

É impressionante como nós, brasileiros, pagamos tantos e tão caros impostos. Não há mobilizações, nem revoltas, nem vejo protestos, sequer homens bomba ou pilotos kamikaze ameaçando detonar governos federais, estaduais ou municipais, inconformados com o assalto a que somos submetidos a cada novo fôlego.

O tributo sob medida embutido num par de tênis importado é equivalente a 58,59% do seu preço; alie-se a isso o fato de que se o calçado for “made in Tigres Asiáticos” ainda tomeee!!!!!!! mais uma sobretaxa de módicos 13 dólares e mais uns trocados.

Sendo assim, se quem conhece do riscado diz que calçado nacional não tem tecnologia, cai por terra a alegação de que impostos em cascata visam apenas e tão somente, ingenuamente, proteger o mercado interno; tenho pra mim que uniu-se a fome à vontade de comer, ou seja, a Vulcabrás/Azaleia berrou : “Disgusting!” para a concorrência “desleal” que descia goela abaixo (alguém viu a cena de Insensato Coração onde o Leonardo Miggiorin prova um salgado no bar do Gabino? Hahaha), e o órgão estatal ávido por recolhimentos, mais do que depressa, enfiou a peixeira nos colegas do olho puxado e, mais fundo ainda em cidadãos como eu e você, que correm atrás de um naco extra de qualidade de vida.

Eu, particularmente, nem de Mizuno gosto...tenho comprado tênis americanos (Saucony e Brooks), com muito boa reputação lá fora e com preços muito convidativos em lojas especializadas aqui no Brasil, onde é possível adquiri-los a partir de razoáveis R$ 200,00.
Vide lojas virtuais: www.velocita.com.br , www.fastrunner.com.br/ , www.mundocorrida.com.br/ , entre outras...

Aproveitando o ensejo, já comprei fora do país nesta loja, que dispõe de respeitável variedade, gerida por brasileiros que trabalham na Flórida e tem conta no PagSeguro.
O preço não chega a ser o melhor, mas eles enviam para o Brasil e ainda dão uma “forcinha” pro sujeito pagar menos imposto; no meu caso, restituíram os 40%!!! (leia-se inomináveis quarenta por cento) sobre o valor do produto, os quais tive que deixar na boca do caixa do correio, quando da retirada da mercadoria – isso sem mencionar o valor do frete, que embora até baixo, era mais um item na verdadeira saga que é importar.

Sim, entendo que é preciso proteger o que é produzido internamente, mas é tão absurda a carga de impostos, que apesar de todos os pesares, chega a ficar mais barato trazer um produto de outro país.

Bom, no quesito b r e v i d a d e s, para amainar a realidade, gostaria de indicar o “último grito” (essa expressão deve datar de 1500 e bolinha, mas flagrei a Patricia Poeta com isso na boca, achei engraçado e resolvi dar andamento) no Amazon Music e arredores: Adele. Essa bela gordinha canta pra caramba e está deixando no chinelo muita sereia top na billboard e afins; vale a pena conferir:



Outro destaque recente é o Google Instant Search e seu vídeo promocional - não exatamente nesta ordem. Explico: Acabei topando web afora com um vídeo bastante criativo protagonizado pela dupla dos admiráveis repentistas Caju e Castanha.
Confesso que, de soslaio, já havia percebido o termo Instant Search em minhas pesquisas, até que descobri o vídeo e me inteirei a respeito.
O recurso já está disponível no buscador dos tentáculos sem fim (vulgo Google) e admito que achei simpático; segundo o desenvolvedor, economiza de 2 a 5 segundos por pesquisa.
Genial mesmo foi sacar a dupla de repentistas:


Agora, se o leitor se propuser a ouvir algo novo, indico o vídeo que segue; trata-se de Claire Diterzi, uma francesa que já andei mencionando aqui e até no blog do meu amigo virtual Zeca Camargo, cujo link figura logo à esquerda. É fato que ele nunca esclareceu se havia curtido, mas tudo bem, visto que seu gosto musical às vezes é eclético em demasia, afinal, aquela música em espanhol que ele cantarolava numa de suas corridas não me anima sequer a andar um pouco mais rápido ;)

Gracejos a parte, solta o som:


Ato contínuo, para compensar a falta de atualização crônica deste espaço, vou introduzir uma nova categoria no texto: Pra que serve isso?




O artigo ao lado é um tanto curioso; confesso que examinei com cara de ué!? e só consegui definir a utilidade depois de verificar a legenda, item que, claro, omitirei, a fim de aguçar a criatividade de leitor.

Cada chute certeiro dá direito a uma bala+custos de envio via sedex; o ônus é que suspeito do seguinte: quem conhece a utilidade deste simpático objeto deve ser usuário contumaz, ou pretende...







A cereja do bolo: hoje à tarde fui ao zoológico com minha sobrinha; tirei menos fotos do que gostaria e gravei uns vídeos do leão desfilando em fria tarde de inverno, mas como não sei manusear, ainda, a contento o celular protagonista da última postagem, constatei, inconsolável, que não havia gravado era nada! Droga viu! Mas valeu pelos momentos de satisfação que pude proporcionar à pequena, e, a propósito, fica a dica: a câmera do Samsung Galaxy 5 dá um caldo,sim, e não deixa nada a desejar para qualquer Sony metida a besta; eis uma agradável descoberta.

E, como boa bacharel, que apresenta prova dos fatos, segue registro fotográfico de uma das melhores coisas que minha irmã já foi capaz de produzir:



domingo, maio 22, 2011

Samsung Galaxy 5 para leigos (Atualizado)

Trata-se de utilidade pública o que vou passar adiante, e desde já vou avisando que se o leitor for preguiçoso, pode desconsiderar boa parte das primeiras linhas e ir bem adiante - pois adoro escrever demais, não raro me perco divagando e só trato do que realmente importa nas últimas linhas.


Na verdade, o titulo deste artigo deveria ser: Capitalismo que leva ao consumismo que leva às pseudo necessidades.

Explico: Nunca fui de pagar verdadeiras fortunas por eletrônicos e sempre achei que o essencial num telefone era fazer e receber chamadas e mensagens de texto. Porém, a necessidade do consumo se porta de forma diversa e está sempre criando e criando, e criando novamente mais plataformas, 1.999 aplicativos, 9.999 acessórios perfeitamente dispensáveis, modelos em série, e sei lá mais o que nem o diabo imagina...


Minha penúltima aquisição em matéria de celular foi um smartfone (ou um cover disso) capaz de suportar 2 chips, com recepção de canais de TV, wifi, "blutu", enfim, essas coisas "básicas" que se esperam de um aparelho. Acontece que o celular era xingling e de smart não tinha nada, pois dada a sua origem, sequer acompanhava manual, e portanto, jamais configurei 5% do que sabe Deus existia de potencialidade naquele projeto de máquina.


Ocorre que, como nada é para sempre, 12 meses após ter vindo parar em minhas mãos, a máquina teve um problema no seu "sistema operacional" que simplesmente desistiu de funcionar; voltei a usar meu LG antigo com defeito: não emitia sons. E como alguém pode sobreviver com um celular desprovido da mais básica de suas funções?


Resolvi enfrentar o escorpião que habita em meu bolso e comprei a sensação do momento: um smartfone de verdade, touchscreen!


Depois de ler resenhas e mais resenhas google afora, convenci-me de que o Samsung Galaxy 5 era a melhor opção custo X benefício, com uma única ressalva: o alto consumo de bateria.


Bom, até então, a última informação e nada, para mim, tinham a mesma relevância - ah, nada como o empirismo!


Recebi o aparelho (compro tudo na internet, de A a Z) com uma certa frustração, pois esperava muito mais - embasada nos artigos que havia lido no mundo virtual. Passei a me valer do dito cujo apenas utilizando suas funções realmente básicas, sem tempo ou disposição para configurar e descobrir o mundo de possibilidades à minha disposição.


Depois de uma semana operando a máquina sem problema, notei que apenas a simples utilização do vibrador associado ao toque de despertar, consumia metade da bateria quando eu estava com preguiça de descer da cama, mas até ai, tudo bem...


Uma semana e meia de convivio e decidi que era o momento de despertar o Galaxy 5 para o mundo virtual; foi então que começou o meu calvário: sou cliente da Tim, e descobri com desgosto que eles não tem como enviar o pacote de configurações de acesso à internet para o aparelho em questão, ou seja, se você for cliente TIM, eles não vão configurar o Galaxy 5!


Fui orientada a entrar em contato com a Samsung, que por sua vez, através de um atendente que teve a pachorra de bocejar enquanto conversava comigo, me orientou a consultar o atual pai dos burros - que antigamente era o dicionário, mas hoje em dia, trata-se do google.

Fiquei confusa: não sei dizer se é trágico ou cômico o suporte técnico do fabricante do aparelho sugerir que eu me virasse e descobrisse as informações necessárias por conta própria...mas enfim, "se não pode vencê-lo, junte-se a ele".


Depois de uma busca não muito extensa, alguns links se descortinaram, mas atenção: nem todos continham as informações adequadas!

Se você precisa configurar o seu Galaxy 5 para acessar a internet, o site onde consegui as informações exatas é este: http://groups.google.com/group/galaxy-android-brasil/web/configuraes-das-apns?pli=1


Durante o processo de inclusão dos dados, a certa altura, você vai perceber que alguns itens irão se autopreencher; é normal. O telefone muda alguns dados de acordo com a região onde o usuário está.


Bom, metade da via crucis superada, restava testar e começar a "baixar o mundo", mas CUIDADO!, se você usa pré pago, o simples fato de captar o sinal 3G pode consumir todos os seus preciosos créditos!


Consegui o feito e o 3G funcionou. Meu primeiro impulso foi baixar tantos quantos live wallpapers eu conseguisse, mas logo abortei tal pensamento, quando percebi o quanto poderiam ser "pesados".


Acessei o Market e fui explorando o conteúdo. Depois da euforia inicial, já desinstalei 80% das inutilidades que pretendiam entupir meu Android e por tabela, torná-lo mais lento.


Caro amigo leitor, depois deste primeiro derrapão que consiste na gana de baixar toda espécie de porcaria - que inclusive pode ser maliciosa e te causar "enormes dissabores" - você, como eu, irá se surpreender com o altíssimo consumo de carga desencadeado pelo acesso à rede.


Trata-se de um efeito cascata: o Android simplesmente é uma bala com papel se não trabalha de mãos dadas com a internet. Este sistema foi feito para estar conectado 25hs por dia, sincronizando dados de tudo quando é braço do polvo google, portanto, quanto mais contas você configurar, mas ele vai trabalhar "clandestinamente" consumindo energia.


Inadvertidamente, só na minha tela inicial, havia 2 itens me mandando atualizações sobre uma mesma conta de email; já desabilitei uma delas.

Portanto, vamos às providências na tentativa de contenção de energia:

1) evite deixar o vibrador ligado em situações desnecessárias

2) o aparelho vem configurado com bastante brilho. Dê um toque prolongado na tela – widgets – controle de energia e vá tocando no botão de brilho até adequá-lo. No mesmo menu, você pode economizar nas demais opções, desabilitando-as

3) Nas configurações do aparelho/som e visualização, você pode desabilitar a vibração do telefone, tons de toque audíveis, marcar p/exibir apenas algumas animações, ajustar brilho do ecrã e tempo limite do ecrã para o mínimo

4) Ainda nas configurações do aparelho/contas e sincronização, você pode desabilitar a opção dados em segundo plano e usar apenas quando necessário, assim como desativar a opção sincronização automática. Na opção de gestão de contas, quanto maior o nº delas, mais tempo o aparelho vai consumir sincronizando os dados e literalmente, comendo vorazmente a carga do aparelho. Por exemplo: você pode habilitar todas as opções uma vez ao dia (ou ao seu bel prazer), ao invés de largar o telefone à própria sorte, fazendo atualizações a cada 5 minutos...

5) Configurações/localização e segurança, apenas ative o uso de satélites GPS quando for necessário

6) Configurações/sobre o telefone – utilização da bateria te informa sobre as últimas atividades que andaram consumindo sua carga

7) Depois de pesquisar um bocado, baixei o app Juicedefender pelo Market, devido às boas criticas. Dizem que ajuda na gestão da bateria; estou testando. (atualização: - pasmem! Depois de 2 dias vendo a bateria virar fumaça em questão de horas, pela primeira vez, posso afirmar que o medidor não se moveu 1mm depois de instalado este aplicativo - e claro, depois da adoção de todo este rosário de medidas que desfiei)

8) Por fim, se você é radical, nas configurações – sem fios e redes, pode acionar o modo vôo e cortar drasticamente a necessidade de alimentação do aparelho – o ícone do 3G some instantaneamente, mas o inconveniente é que você fica incomunicável até p/receber chamadas (ideal na hora de dormir)

9) Última dica: perca as esperanças de ligar p/a a Samsung e mencionar o alto consumo de energia, pois já o fiz, segundo segue:

Eu: Moça, configurei o Galaxy 5 para uso da internet, mas notei 2 coisas: Primeiro que o ícone do 3G não some da tela, não sei se é normal ficar assim depois de habilitada a internet, ou se eu deveria ter desligado algum botão que não sei onde se encontra, e outra: notei que a bateria perdeu em duração depois da habilitação mencionada...Enfim...

Atendente: "É assim mesmo, o ícone 3G passa a existir na tela assim como o ícone que mostra a potência do seu sinal, e não há um botão para desabilitar. Quanto ao aumento do consumo de energia, também é assim mesmo..."

Puxa vida, que má vontade de dispensar um pouco mais de atenção ao cliente com uma simples explicação que não levaria mais que alguns poucos minutos...

Tudo tem que ser experimentado e descoberto na raça! Aperreios à parte, compadecida com o sofrimento de muitos mais que devem estar vagando web afora, desesperados e famintos por informações a respeito desta caixinha de surpresas em forma de smartfone, perdi um tempo praticando minha boa ação de hoje.

Enjoy it!!!(Atualização: o camarada abaixo se queixa de usar teclado touch; retruco que eu também tinha este preconceito, mas não posso reclamar do Galaxy 5. Nele, pode-se valer do teclado aproveitando melhor o espaço, conforme a orientação, ou seja, usa-se o cel na posição normal ou "de comprido"/modo paisagem, além do que o toque é super eficiente)

sábado, janeiro 01, 2011

Segundo dados que achei vasculhando por ai, em 2009 os brasileiros teriam consumido cerca de 3 mil toneladas (óh!) de anorexígenos e afins. O número parece absurdo, mas me arrisco a pensar que até seja bem maior, uma vez que, ao que parece, a ANVISA desconhece os dados referentes ao consumo destes remédios em datas pregressas.
Pelo que apurei, as medidas de controle e contenção são recentes, mas (parece) eficazes, pois já nos primeiros meses do finado (e talvez saudoso) 2010, os dados divulgados tenham apontado para a queda do consumo. Ademais, quem “manja” do assunto, sabe que qualquer farmácia precisa reter uma guia azul sempre que liberar um medicamento da natureza acima mencionada – creio que estas benditas guias sejam verificadas posteriormente pelo órgão de controle. Enfim...essa medida acaba dificultando o acesso, mas, graças ao “jeitinho brasileiro” jamais impedindo.

Bom, quem está um pouco atento, sabe que há alguns meses atrás explodiu feito Luan Santana e seu meteoro, um manipulado que atende (ops, atendia, pois a ANVISA tratou de cortar suas asinhas depois de uma matéria do FANTÁSTICO) pelo nome de caralluma.
Os comentários a respeito desta maravilha, originária das bandas da Índia, eram os mais diversos. Até Ivete Sangalo incluíram no pacote; as noticias atribuem sua perda de peso ao consumo da caralluma, enfim...eu mesma cheguei a encomendar 1 pote, tomei por alguns dias, mas confesso que, como gosto de resultados quase que instantâneos, acabei não dando prosseguimento, devido a um “percalço” que veio a ocorrer, conforme segue:

Por volta de setembro passado, uma amiga de trabalho, desejosa de perder uns bons quilinhos a mais que havia adquirido durante os penosos meses de sua última gravidez, resolveu firmemente que voltar a ser esbelta seria sua meta mais imediata. Sendo assim, procurou um endocrinologista, que lhe receitou o anorexígeno ANFEPRAMONA.
Ela voltou muito contente da consulta, satisfeita com a atenção dispensada pelo médico, e desde então, começou a tomar 2 doses diárias da cápsula.

Bem...estamos no 1º dia de 2011, o que significa que há 3 meses ela vem seguindo o tratamento. Se deu certo?
Sou péssima observadora das pessoas inseridas no meu convívio diário, é uma dificuldade tremenda perceber mudanças físicas ocorridas no dia a dia, uma vez que ele acaba nos engolindo e escasseando a capacidade de percepção dos detalhes, mas...a moça começou a secar, e secar. Eu mesma me prontifiquei a adotarmos a prática de medição da silhueta a cada 15 dias, pois, com números concretos à mão, o estímulo é sempre maior.

Em suma, a bichinha vem perdendo medidas num ritmo digno de congratulações, o que é fruto de uma disciplina diária, conquistada devido à “ajudinha” do anorexigeno, que inibe a sensação de fome, e , consequentemente, leva o sujeito a comer quantidades menores, tendo ai, uma possibilidade de reeducação alimentar.
A danada é casada, e o marido anda de orelha em pé, enciumado, pois a mulher vem recuperando a auto estima, o viço, e uma forma que tem chamado a atenção da ala masculina de plantão.

De minha parte, vendo os progressos ligeiros e concretos, fiquei interessada em saber mais sobre o medicamento, para em seguida, depois de uma análise dos riscos, resolver pela sua adoção.
Mãos à obra, devorei tudo o que havia de bulas e me informei sobre tudo quanto é efeito colateral possível, mas havia um porém: era necessário ter uma receita, as guias azuis que a farmácia retem, e, tudo isso, levava a uma consulta médica, coisa que sequer me passava pela cabeça, pois desconfio que um médico ético não fosse me receitar um anorexígeno, pelo simples fato de que não era obesa, praticava esportes regularmente, gozando de bom condicionamento físico, sendo que o peso que me excedia não era suficiente para alarmes.

Como tudo na vida tem alternativas (exceto a morte), consegui com um conhecido a tal receita médica, e em 11 de novembro passado, comecei a tomar ANFEPRAMONA.
Segue o meu relato diário das sensações experimentadas, produto dos tão alardeados e temidos efeitos colaterais:

Quinta-feira, 11/11/2010 : nos primeiros 60 minutos após a ingestão, senti boca seca,
necessidade de tomar água, olhos úmidos, uma moderada “euforia” por assim dizer,
uma moderada agitação. Estava digitando um texto, senti um pouco de dificuldade em
me concentrar e acabei trocando umas 3 ou 4 letras.
Passada a primeira hora, tudo voltou ao normal, mas, como era de se esperar, não
senti sensação de fome. Á noite, na academia, percebi um aumento de disposição e
após a costumeira sessão de musculação, completei o spinning assim como quem está
brincando num parque de diversões: foi fácil e rápido.
Mais tarde, tive dificuldade para dormir.

Sexta-feira, 12/11/2010: novamente, percebi que justamente 1h após a ingestão,
acontece 1 tipo de pico, a mesma agitação/sensação de ânimo moderada, olhos úmidos.
Depois, tudo se estabiliza. Durante o dia, senti umas sensações breves de uma espécie
de vertigem, mas nada sério.
Como tive dificuldade de pegar no sono na noite anterior, tomei apenas uma cápsula –
um teste, a fim de analisar a potência dos efeitos, mesmo assim, não tive sensação de
fome.
Á noite, com sinais de esgotamento, afinal tratava-se de uma sexta-feira, não senti
o mesmo ânimo do dia anterior, fiz spinning sem sentir qualquer cansaço, mas não
completei a série de musculação, e tive um pouco de falta de sono.

Sábado, 13/11/2010: como já verificado nos primeiros dias, sensação de dose de ânimo
que atinge o pico ao fim da primeira hora após a ingestão, e olhos úmidos.
Como não verifiquei um desempenho ótimo no dia anterior, sob efeito de apenas 1
cápsula, voltei a tomar 2 doses. Notei uma ótima disposição, realizei todas as minhas
atividades físicas – após ter cuidado da minha sobrinha por um bom período. Sem
sensação de fome.
Fui dormir tarde.

Domingo, 14/11/2010: não notei mais tão evidentes os sintomas de boca seca, agitação
nos primeiros 60 minutos, ou olhos umedecidos, apenas o retardamento do sono. Sem
sensação de fome.

Segunda, 15/11/2010: a exemplo do dia anterior, os efeitos outrora verificados foram
minimizados. Era feriado e não houve atividades físicas. Sem sensação de fome. Tive
dificuldade para dormir.

Terça, 16/11/2010: Fome reduzida e insônia bárbara. Ouvi o relógio da igreja tocar 3
badaladas, pela madrugada.

Sexta, 19/11/2010: Desde a última atualização até agora, notei somente a persistência
da dificuldade para dormir. Como há uma semana tenho convivido com o problema do
sono irregular, às vezes noto um pouco de esgotamento, mas acho que logo passa.

Segunda, 22/11/2010: Durante o final de semana tomei apenas metade da dose
recomendada e dormi melhor, mas hoje, já volto com as 2 cápsulas diárias, pois notei
que com apenas uma dose, ao final do dia, o desempenho na academia não rende tanto.
Estou entrando na segunda semana de testes com o remédio e creio (pelo menos espero)
já não ter tanto problema com insônia.

Quinta-feira, 25/11/2010: tenho dormido melhor, e notado que talvez eu esteja me
acostumando ao remédio, ou seja, a sensação dos efeitos foi minimizada. Porém, tenho
sentido algo incomum, como se estivesse com dor de barriga às vezes, mas não é isso, e
sim, algo como cólicas abdominais, mas não causa grande incômodo e logo desaparece.

Segunda-feira, 29/11/2010: Praticamente não tenho mais insônia, nem tenho sentido
aquela espécie de cólica abdominal que ameaçou-me por alguns dias. Andamento
regular do processo!

Como se nota, interrompi as anotações diárias desde a última data acima, uma vez que todos os efeitos foram se dissipando.O único deles que raramente ocorre é insônia, mas muito eventualmente.

Tenho tomado 2 cápsulas diárias,evitado o consumo de álcool (exceto por ontem), e PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA, posso afirmar que tenho adotado disciplina alimentar, pois, nunca fui de comer muito, mas sempre belisquei demais tudo que era de besteira, de forma gulosa mesmo, sem fome, pelo maldito hábito de empurrar goela abaixo tudo o que estivesse à mão na maior quantidade possível.

Eu sempre reclamava que me matava na academia e não via perda significativa de peso, atribuía a isso o fato de ter feito musculação com cargas altas durante o ano passado, ou a qualquer um desses distúrbios que interferem no peso.

Gorda nunca fui, mas de uns 4 anos pra cá venho tentando perder mais do que meros 2 ou 3 quilos, sempre com dificuldade, mas nunca evidenciando minha alimentação danosa.

Esses anorexígenos são massacrados pela mídia, criaram em torno deles uma aura macabra e temível e concordo que tem muita gente por ai se valendo anos a fio do consumo desses medicamentos, indiscriminadamente, mas sem qualquer mudança nos hábitos alimentares.

No meu caso, além de diminuir a sensação de fome, teve o mérito de finalmente me por na linha em relação aos alimentos.
Hoje, prestes a completar 2 meses de consumo, estou mais saudável, e entrando bem melhor nas roupas que antes me apertavam. Perdi até uma das calças do uniforme, pois mais parece um saco, é visualmente feio de se ver.

Não tenho noção de quanto perdi de gordura, pois tenho avaliação física marcada apenas para a segunda quinzena deste mês, mas estou satisfeita com os resultados que venho conquistando – prometo que quando tiver em mãos os dados da avaliação física, divulgarei aqui.

Enfim, no país que é facilmente o maior consumidor de toda a sorte de remédios para emagrecimento, tendo a crer que isso se deve, em grande parte, à nossa má alimentação.

Nada melhor para começar o ano com o pé direito, do que um relato de sucesso de alguém que, “depois de velha” está começando a aprender comer direito.

E, como não poderia deixar de ser, segue minha indicação musical; Lu, não vá torcer o nariz, mas JORGE E MATEUS são conterrâneos seus e merecem o crédito, além do que, é preciso reconhecer quando as coisas são boas, mesmo que não gostemos delas. Sou fã deles, e quem sabe, consigo pegar um show no Villa Country em São Paulo:


Felicissimo ano novo para todos os que por aqui passarem. Eu sei que uma simples troca de dia não faz milagres, mas, talvez uma troca de atitudes, sim...Não custa ter um pouco de boa vontade, e aproveitar o embalo da virada para tentarmos virar algumas páginas pessoais, renovar o fôlego, e seguir adiante.