domingo, novembro 14, 2010

Ciao! (como diriam os italianos)
Bom, pra que me serve um feriadão se não ordeno meus mp3, termino de ler o livro empoeirado, trato um pouco da pele, vejo alguns filmes (e fico ligeiramente melancólica com eles), e entre outras coisas, claro, atualizo o espaço?
Pretendo ser concisa (Deus que me ajude nesta tarefa, pois adoro um floreio), e dividirei a postagem em tópicos:-

1) Denúncia : Minha mãe tem mania de engorda. Isso mesmo! Em tempos onde o povo se descabela às voltas com suas gordurinhas extras e num país campeão em consumo de toda a sorte de promessas de emagrecimento, minha mãe é do contra. Em suma, adora ir ao supermercado e me trazer de brinde itens como: lasanhas congeladas, salgadinhos Elma Chips (não sei como escreve e nem pretendo consultar), Miojo, biscoitos recheados, enfim...toda essa bagaceira que em dois tempos põe a perder toda uma semana de suor e ranger de dentes.

Dias atrás, ela me apareceu com uma lasanha da marca Seara; como eu estava semi-faminta (leia-se gulosa), botei pra rodar no microondas e fiquei à porta do eletrodoméstico, salivando por uma lasanha molenga, aguada, insossa, cujos 4 queijos prometidos na embalagem, não cheguei a sentir o gosto de nem 1. Pensei comigo: Se é para engordar com uma lasanha, que seja uma que preste. Dei uma garfada e deixei pra lá, ficou literalmente mofando dentro do forno, com destino ao lixo.
Adverti: Não traga nunca mais essa marca de lasanha, é horrível.

Para minha surpresa, dia 10 do corrente mês, a Seara era destaque no noticiário local : Funcionários da Seara passam mal e vão parar no hospital.

Explico: A sede da Seara localiza-se numa cidade aqui da região e terceiriza seu refeitório, que segundo os funcionários já era suspeito, havia sido denunciado à Vigilância Sanitária previamente, e parece ter vitimado dezenas (mais de 80) empregados de uma feita só.
Os operários começaram a passar mal aos bandos e foram internados, devido a um alimento oferecido (peixe) com “data retroativa” (foi o que ouvi alguns funcionários relataram à reportagem).
A Vigilância Sanitária ficou de apurar a intoxicação alimentar e a Seara persiste produzindo suas lasanhas de má qualidade.

Sinceramente, podem me processar (alguém vai ler isso?) e dar um off no meu blog, mas é bem contraditório uma empresa que vende alimentos ser tão descuidada com a nutrição de seus próprios colaboradores. Se eles querem reduzir os custos e não se importam em servir à sua mão de obra alimentos aprodecidos, imaginem o critério que tem com o produto que chega à mesa do consumidor...
PS: Não encontrei relatos desse ocorrido em pesquisa ao Google.

2) Indicação: Como eu já citei anteriormente, preço elevado ou marca renomada não determinam, necessariamente, a qualidade de um produto. Meu cabelo é o termômetro e não aceita qualquer coisa (seja cara ou barata). Li os comentários da Monica sobre uma compra de shampoo no Boticário, e relato que, no meu caso, não funcionam.
Vivo de aplicar máscaras semanais para evitar ressecamento e mau aspecto dos fios, de fazer testes e mais testes artesanais com produtos naturais ou afins (malditos abacate e azeite inúteis) ou industrializados e de preço nada simpático, e posso sugerir, sem receio, essa ótima máscara, cujo preço gira em torno de R$ 20,00 (ou menos) :


Gold Black, da Amend – deixa o cabelo macio, desembaraçado e tratado - uma beleza!


3) Veja um filme e se apaixone pelo protagonista: Até o presente instante, assisti, neste final de semana, “A origem”, um documentário sobre crianças com leucemia e “Les Chansons D'Amour”. Juro, chegaram a mim apenas uns burburinhos longinquos sobre “A origem”, mas a respeito dos demais filmes eu nada conhecia.
Chansons d´amour foi o 1º a que assisti, e permaneceu mexendo comigo mesmo após o transe, se é assim que posso rotular a sensação de ver “A origem”. Trata-se de um filme francês (gosto demais de música e filme francês, mas desgosto da Sra Sarkozi, uma vez que ela pretende cortar as asinhas de nós, baixadores de tudo).

Louis Garrel (guardem bem o nome) rouba a cena num filme musical onde interpreta e canta (muito bem). Ismael e sua namorada mantem um vínculo, pelo que entendi, um pouco desgastado para ela, que por sua vez, se relaciona com mais um parceiro, uma mulher. Eles ultrapassam as barreiras dos padrões, se apresentam como pessoas comuns, falíveis, com seus conflitos, e com toda a complexidade humana, que demonstra-se aparente e se impõe quando o homem cede, experimenta, desafia as amarras virtuais, porém muito concretas, e, fragilizado, torna-se um agente empírico.
Paris é o belo cenário (idealizo demais essa cidade, quiçá corresponda às minhas expectativas) projetado com frequencia, mas não gostei muito da trilha sonora; as músicas são interpretadas pelos próprios atores, mas ratifico que Garrel canta bem, é ultra mega power estiloso e lindo e me agradou muito em sua atuação. Ah, se meu dinheiro desse...mas já descobri que ele é nada menos que o homem da irmã de Carla Bruni (alguns bons anos mais velha que ele), e de quebra, é um dos atores mais badalados da nouvelle vague francesa, vem de uma família de atores e me cheira a homem muito interessante, fisica e intelectualmente, daqueles que dificilmente manteria qualquer relação com uma periguete juvenil, inexperiente, previsível, preenchida por tolas veleidades e vácuo. Só me resta suspirar...


Segue um trecho do filme onde é possível conferir Garrel cantando (é a voz mais grave), porém, quem se arriscar a conferir, considere como spoiller, pois revela o cume da pelicula. Confesso que resisti à idéia de publicar justamente esta cena, pois eu torci para que ela nunca se concretizasse, embora fosse iminente, por mais que eu relutasse em aceitar. É estranho experimentar essa visão, parece anti-natural, é desconfortável, anti-estético, mas ao mesmo tempo, no contexto do filme, não há como negar a sua delicadeza. Logo, vê-se, que embora eu me esforce para enxergar os ímpares através de lentes isonomicas e de aceitação, me encontro bastante presa às convenções.



4) Ouça uma música comercial (ah, os malditos rótulos, as perversas convenções) que não faz sucesso no Brasil, e cujo intérprete conquistou a minha simpatia pelo seu trabalho como músico. (não tem clipe, só a música) :-




5) Especialmente para a Monica: A minha sobrinha vai bem, obrigada! Falando num dialeto próprio, correndo e pulando, muito meiga, depois de demitir sumariamente o berço (aquele cercado onde a encarceravam cruelmente) e arrumar a trouxa para ir viver sozinha em Londres, como bem ilustra a imagem quase mediocre(minha câmera já foi boa) que segue. Ah! Repare bem no deltóide definido da bichinha - vai gostar de malhar, tá na cara, assim como a tia.


Hasta la vista!

2 comentários:

Mônica disse...

Ih, fia... eu nem me atrevo a comprar gostosuras qdo vou ao supermercado, senão já viu...

Eu tenho receio de filme francês. Já assisti a alguns e não gostei muito. Um que adorei foi O Fabuloso Destino de Amelie Poulin, mas como gosto de arriscar coisas boas sempre procuro ver novidades. Se bem que filmes diferentes em cinema são raridades. Esse parece bom realmente, mas filmes musicais me irritam um pouco.

Muito boa a música do Simon, adorei.

Eu tb tenho problemas para acertar uma coisa que preste para meu cabelo. Às vezes fica bom no início e depois começa a estragar ou fica ruim logo de cara, é um inferno. Espero que esses que encontrei na Boticário sigam fazendo efeito direitinho. Os produtos da Amend são bons, estou pintando meus cabelos com tinta dessa marca. A máscara que uso pra hidratar está acabando, vou ver se acho essa por aqui.

E tu que fazes aí que não seguiu para Londres com Maizinha? Carinha de sapeca a dela! Ela parece com quem? Tem 2 anos já?

Hasta, fia.

Lou disse...

A minha mãe é igualzinha à sua. Será que somos parentes?
A melhor lasanha é a da Perdigão, nahm, nahm, nham!!!
Sua sobrinha foi pra Londres? Por que?
Beijo!