domingo, novembro 21, 2010

Calor infernal; mas, tudo bem, prefiro-o ao frio.
Estou, de certa forma, um pouco esgotada depois de uma semana de sono instável + temperaturas em franca ascensão + alimento racionado + atividade física intensa + 2 dias no encalço da minha sobrinha. Haja disposição e preparo físico!

Cara Monica, vós que adorais fotos da pequena, segue uma das que produzi ontem, durante visita ao zoológico.

Levei minha sobrinha a um passeio fora de seu padrão habitual – que inclui o maçante percurso compreendido entre a casa dela e a minha, afinal, a pobrezinha daqui a pouco completa 2 anos, totalmente alheia ao mundo no qual cairá um dia (hehe).
Ela ficou muito atenta aos bichos – tudo era novidade – em especial o leão, que, inspirado, presenteou sua platéia (uma dezena de moleques) com urros que eu, macaca velha que sou, jamais havia presenciado. Uma ladainha de choros ecoou instantaneamente por todos os cantos onde havia piás de fralda, ao passo que não me contive e desandei a rir deles.
A que estava comigo, no colo, teve a intenção de fazer cara feia também, mas logo passou.
Desafortunadamente, não tinha à mão uma câmera filmadora para imortalizar o momento...

Esse final de semana não consegui ver nenhum filme, ainda, só a cuidar de criança e amadurecer feito banana no carbureto debaixo do sol dos trópicos.

O destaque da atualização de hoje fica por conta de:

1) Jogo do Ajax versus PSV – não acompanho nenhum dos 2 times, tampouco vi a partida; interessou-se apenas o modo curioso como um dos atletas, tal de Suarez, atacou o rival, munido da arcada dentária. Reparem, belo carimbo!



2) Meio milhão de reais – é o quanto vale o carro dos meus sonhos. Bem...não propriamente, achei com cara de carro de senhor de idade, mas dispõe de um diferencial que me seria demasiado útil: acelera e freia sozinho.
Audi A8, o carro que você só dirige depois de passar por um curso que o familiariza com todos os apetrechos internos. Tocar nos pedais? Não necessariamente...basta fazer alguns ajustes, como velocidade máxima desejada e distância a ser conservada em relação ao veículo à frente, informações suficientes para que o modelo desenvolva de forma autônoma o seu trajeto.

Quando eu praticava aulas de direção, o instrutor quebrava a cabeça para me fazer acelerar, o que em nada me atraia, mas ele insistia, dizendo: “Hoje vamos ter aula de avenida e você precisar seguir o trânsito, ser ligeira, senão, passam por cima da gente”.
Eu tinha medo de bater, de não ter reflexo suficiente, de algo inesperado acontecer, dos pedestres imprudentes, dos carros alheios e desgovernados, do bicho papão se jogar na minha frente, enfim...aulas e mais aulas e muito pouca evolução no quesito velocidade adequada.

3) Dados os últimos acontecimentos recentes,amplamente divulgados na imprensa, a respeito de abusos e agressões que vitimaram homossexuais, hoje, li uma entrevista onde Fernando Seffner - professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRGS, docente e orientador junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação na linha de pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero, com ênfase principal na investigação das pedagogias de construção das masculinidades – discorre sobre o tema. Abaixo os pontos mais interessantes:

“...temos no Brasil uma tradição de pouca tolerância no espaço público, as diferenças continuam coibidas, vivemos numa das sociedades mais desproporcionais do mundo, pouco se enfatiza o fato de nosso país estar entre os cinco mais desiguais. Isso provoca uma tensão na sociedade muito grande. “

“...o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e a Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) têm uma pesquisa, que coincide com outra feita pela Fundação Perseu Abramo, afirmando o seguinte: a homofobia diminui pouco com a escolaridade. Os indivíduos mais escolarizados têm tendência a responder às perguntas sobre aceitação da diferença sexual de forma politicamente mais correta, e só.”

“A Parada (Gay) é um evento entre o festivo e a visibilidade a qualquer preço. Ela tem um retorno econômico muito grande, um efeito cultural, mas é um pouco fogo de artifício. Basta ver o que aconteceu no Rio. A Parada terminou, e uns jovens ficaram se beijando no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador. Já eram 23h e a polícia foi lá e deu uns tiros. O que é mais ou menos o recado da sociedade: "Olha, gente, acabou a Parada. A hora de se beijar, de andar de biquíni era aquela, agora não dá mais. Voltou a vida como ela é. Aqui não pode". Depois da Parada, o mundo volta a ser como é todos os dias: homofóbico. “

“hoje em dia você não entra em uma escola pública aqui do Rio Grande do Sul sem que veja ao menos um menino mais afeminado ou uma menina com uma feminilidade diferente... acho que esse fenômeno é muito intenso numericamente. Existe uma faixa de adolescentes que se propõe a fazer algumas experimentações com a sexualidade, essa coisa que tem se chamado de "experiência queer". Mas nem sempre esses jovens têm estrutura para levar adiante a sua proposta.”

“vi dia desses um guri magrinho que nem um dedo mindinho, ao lado do namorado dele, idem magrinho, falando sobre como é a situação familiar. Supercombativo, disse ter comunicado a mãe e o pai que ia namorar em casa porque a irmã fazia o mesmo com o namorado. Aí a mãe reagiu: "Mas tu não vê que seu pai fica incomodado e vai embora?" E o guri: "Não interessa. O meu pai que se ajeite porque eu vou namorar na sala". A minha vontade de homem de 54 anos é dizer: "Filhinho, não dá para ir um pouco mais devagar? Nem conheço o teu pai, mas chego a ficar com pena dele". Será que tem que ser assim?”

Seria um pecado não transcrever, sob aspas, o discurso coerente e com o qual estou perfeitamente afinada. Concordo plenamente com todas as afirmações e impressões do cientista, e digo mais: "Chupa essa manga!"

Hasta la vista!

2 comentários:

Mônica disse...

Mas Maizinha tá uma fofa!! Tão compenetrada que tava...rs

Ah, eu tb quero um carro que ande sozinho...hahaha!

Gostei da entrevista do professor, falou a verdade mesmo sobre o assunto.

Chupa essa manga!

Lou disse...

Ou, quado eu comecei a dirigir tb era assim, morria de medo, mas precisa insistir, depois melhora...

Fofa a sua sobrinha!

Beijos!