terça-feira, novembro 25, 2008




Eu comparo os homens às formigas. O homem é pequeno feito a formiga, embora creia que não...Se observarmos a imensidão do universo e considerarmos que o planeta em que vivemos é apenas mais um dentre tantos, em meio a tantas galáxias, talvez possamos compreender a nossa pequenez. Mas isso já são outros 500...
O homem é parecido com a formiga, sim!! Não sei muito a respeito da organização das formigas, mas suspeito que sejam melhores organizadas que os humanos, não resta dúvida.
Mas, muitas vezes, já observei os formigueiros por ai, ou aquelas filas indianas que elas formam quando parecem estar de mudança. É divertido vê-las se apavorar quando se cutuca o formigueiro ou se tumultua aquela filinha que elas costumam fazer. Os insetos se desesperam, se perdem, parecem querer se suicidar, de tão malucos que ficam. No mais, passam a vida trabalhando e se reproduzindo, explique-se aqui que apenas as operárias trabalham, enquanto a rainha que se encarrega da reprodução, pois somente dela derivam as larvas.
As formigas são notáveis por constituirem níveis avançadas de sociedade, dada a forma como estão estruturadas (a exemplo dos humanos), todavia, podem se tornar verdadeiras pragas e ferir com suas dolorosas picadas, e assim, eu poderia continuar enumerando diversas semelhanças entre homens e formigas, para finalmente, permanecer concluindo pela pequenez dos homens...
Quando eu dizia que é divertido vê-las se desesperar ao menor movimento humano, fico imaginando se não existe alguém, algo superior, uma força maior, quem sabe Deus, ou o acaso, quem sabe o destino, que faça o mesmo conosco. Será que somos tão frágeis, meros fantoches nas mãos do imprevisível? Até que ponto somos realmente donos dos nossos narizes e construimos nossas histórias? Estas são questões que me preocupam, porque muitas vezes, tenho a impressão que o destino brinca conosco, mas de uma forma bem mais refinada e cruel do que aquela com que os os homens se divertem com o desespero das formigas; ele nos prepara armadilhas, nas quais, embora sejamos seres pensantes, sempre acabamos por cair.

2 comentários:

Lou disse...

Às vezes eu penso isso também. Eu acredito que a gente sempre tem uma escolha na vida, por mais que pareça que não. Mas, não sei... Têm coisas que realmente parecem fugir ao nosso controle: pra qualquer lado que se olhe, não há alternativa, não importa o tamanho do esforço.
Será que alguém ou alguma coisa atrapalha a nossa fila achando que é uma brincadeira sem maiores conseqüências? Ou será que nós nos engessamos nos nossos planos, esquecendo que imprevistos sempre acontecem e, quando algo sai fora do planejado, a gente também se desespera? Será que não falta serenidade pra retomar a fila ou mudar o rumo?
Não sei. Se algum dia eu descobrir te conto.

Sobre o Poema do Pessoa, eu sempre sinto que não tenho parte nas coisas deste mundo, por mais que eu tente me encaixar. Se bem que, ultimamente, eu tenho feito menos esforço pra isso, por achar que não vale tanto à pena.

O gato estava me irritando. Depois eu volto com ele, hahaha...

Beijo
=*

Lou disse...

É... Eu acho que o Universo é tãaaaaaaaaaaaaaaao grande, que a gente acaba se perdendo em coisas bem pequenas. Assim, ficamos nos preocupando com dinheiro, prazos, trabalho, aparência e relacionamentos como uma forma de nào ficar maluco diante do mistério do mundo. Só que, quando a gente chega num ponto que reconhece isso, se sente deslocado e confuso.
Eu me sinto, cada dia mais.
Mas, a vida é essa!
Bisous